Pintura no corpo, cocar e peixe na brasa. Depois de 12 dias ocupando a sede da Fundação Nacional do Ãndio (Funai), em AraguaÃna, os Ãndios que moram na Casa do estudante IndÃgena fizeram um protesto nesta segunda-feira (23), na sede da entidade.
Eles pedem melhorias na Casa do Estudante Ãndigena e o religamento da energia elétrica, que estava cortada por falta de pagamento. Depois de três dias que ocuparam a sede da Funai a energia foi paga, mas até o momento não foi ligada. De acordo com a empresa responsável será necessário trocar o padrão.
Segundo os Ãndios que moram na casa, o Ministério Público Federal vai acompanhar o caso. Uma procuradora do órgao esteve no local e garantiu que na próxima semana, será realizada uma reunião para viabilizar a solução do problema.
A conselheira indigenista missionária, Jussilene Correia, diz que a situação dos indÃgenas não é a das melhores, porque existem crianças no local e até bebê recém-nascido. "Está uma situação muito delicada, muito incerta. Os meninos são jovens", afirma.
O estudante Eberson Karajá está otimista por uma solução. "A gente espera um acordo porque nós, estudantes indÃgenas, nos deslocamos das nossas aldeias para estudar. Estamos reivindicando nossos direitos", afirma.
Os Ãndios estão instalados em nove das 12 salas da Funai. A casa fica no bairro Juscelino Kubitschek e abriga 30 indÃgenas das etnias Karajá, Xambioá e Xerente. A maioria estuda na Universidade Federal do Tocantins (UFT).
Segundo informações, está em fase de negociação a doação do terreno da Casa do Estudante IndÃgena para a UFT. Enquanto a transferência não acontece, o prédio nao pode ser reformado.