HOMICÍDIO
Em sessão do Tribunal do Júri realizada na última segunda-feira, 9, no Fórum de Goiatins, o Conselho de Sentença acatou as teses de acusação do Ministério Público do Tocantins (MPTO) e condenou o réu Lucas Lima Batista, vulgo Luquinha, por assassinar um homem e tentar matar a esposa dele, na presença de três filhos do casal. Ele foi condenado a 33 anos de reclusão, somando-se as penas pelos crimes de homicídio consumado e de tentativa de homicídio.
Conforme narrou o promotor de Justiça Pedro Jainer Passos Clarindo da Silva, que integra o Núcleo do Tribunal do Júri (MPNujuri) do MPTO, o crime aconteceu no município de Barra do Ouro, na madrugada de 21 de fevereiro de 2019, após o acusado entrar na residência do casal munido de uma arma de fogo e uma faca. Agindo de surpresa, ele efetuou disparos e desferiu facadas contra ambos, com a intenção de se vingar. Isso porque ele supunha que a moradora da casa o havia denunciado à polícia pela prática de tráfico de drogas.
As vítimas do crime são Cleiton Pereira da Silva e Ângela Maria do Nascimento Barros. Ele teve morte por traumatismo crânio-encefálico no dia seguinte, enquanto ela conseguiu sobreviver graças ao atendimento médico. Porém, por receio de ser morta em um novo atentado, Ângela Maria veio a fugir da cidade, abandonando seus três filhos.
O réu foi acusado pelo Ministério Público pela prática de homicídio qualificado e de tentativa de homicídio qualificado, ambos por motivo fútil, meio cruel e uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas. As teses da acusação foram acatadas integralmente pelos integrantes do Conselho de Sentença.
A sentença impôs ao réu pena de 18 anos de reclusão pelo homicídio consumado e 15 anos pelo homicídio tentado.