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08/05/2014 - 11h25m

Agricultoras familiares do Bico do Papagaio marcam presença na 14ª Agrotins

Redação

No Tocantins, 49 mil famílias vivem da agricultura familiar, segundo a Diretoria de Fomento à Agricultura Familiar da Secretaria da Agricultura e Pecuária (Seagro), instituição responsável pela realização da Feira. Ao todo, estima-se que 20 mil mulheres tocantinenses trabalham nesta atividade, que é responsável por 70% dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros. E elas marcam presença na 14ª edição da Feira de Tecnologia Agropecuária do Tocantins - Agrotins.

Conforme a supervisora de agricultura familiar da Seagro, Rita de Cássia Freire Rezende, as mulheres têm ganhado cada vez mais espaço, e demonstrado sua competência também na zona rural. “As associações-modelo do Estado são, em sua maioria, lideradas por mulheres”, disse, acrescentando que a força de trabalho feminina é útil não apenas nas tarefas domésticas, mas em tarefas que vão do plantio ao produto final.

“Elas agregam valor ao produto, pois utilizam ao máximo o potencial das matérias primas de que dispõem. Por exemplo, ela vai para o curral, tira o leite e ainda faz o queijo e o doce”, explica. Conforme a supervisora, o último encontro para mulheres agricultoras realizado no Estado, há cerca de dois anos, contou com a participação de cerca de 300 mulheres.

Organização  

 A quebradeira de coco do babaçu e trabalhadora rural Beliza da Costa Sousa, de Sítio Novo, ressalta que ainda há muito preconceito contra o morador da zona rural, principalmente contra a mulher. “A discriminação começa pelo preço da castanha, que é muito baixo, então a gente tem que trabalhar muito para ganhar alguma coisa”, diz ela, que é membro da Coordenação da Associação das Mulheres Trabalhadoras Rurais do Bico do Papagaio (Asmubip) e do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB).

No entanto, Beliza acredita que muitas dificuldades já foram superadas. “Hoje a Asmubip tem mais de 800 mulheres que, além de conseguirem sobreviver dos recursos naturais, contribuem para a manutenção da nossa cultura”, ressalta.

Orientação

A defensora pública e coordenadora do Núcleo de Atendimento Especializado à Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar (Nudem), Vanda Sueli Machado de Souza Nunes, realizou, nesta quarta-feira, dia 07, uma palestra sobre Direito da Mulher no Campo, que proporcionou muita informação para as participantes da Agrotins 2014.

“Há falta de informação na zona rural e, quando as mulheres do campo têm conhecimento de seus direitos, sentem-se encorajadas a lutar por eles”, frisa a defensora, que em sua palestra, abordou também temas como previdência social para trabalhadores rurais.

A agricultora Genilda Soares Terúbio, de 61 anos, assistiu à palestra e saiu satisfeita. “Já esta na hora de me aposentar, mas não sabia como. Hoje a defensora me orientou direitinho e agora já sei que tenho que procurar o sindicato”, comemora.

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