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20/10/2022 - 15h18m

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ARAGUATINS: Acadêmicos de Letras da Unitins discutem Linguística Forense com professores da UFF e da USP

Redação

Àrea da linguística auxilia na solução de problemas jurídicos e na compreensão de discursos, estando diretamente ligada ao Direito e à Criminalística.

A programação foi realizada de modo on-line (Foto: Divulgação)

Acadêmicos e professores do curso de Letras da Universidade Estadual do Tocantins (Untins), Câmpus Araguatins, participaram da “Conferência de Linguística Forense e Linguística de Texto” na última quinta-feira, 13. A programação foi realizada de modo on-line e teve como palestrantes os professores pesquisadores Welton Pereira da Silva Martins, da Universidade Federal Fluminense (UFF); Fabiana Teixeira Lima, da Universidade de São Paulo (USP); e Denilson da Silva Martins, egresso da Unitins e estudante de especialização em Linguística Forense, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

A Linguística Forense é uma área da linguística que auxilia na solução de problemas jurídicos e na compreensão de discursos, estando diretamente ligada ao Direito e à Criminalística. Geralmente, os linguistas forenses são requisitados para colaborar na compreensão de textos e identificação da autoria. Durante a conferência, os acadêmicos da Unitins puderam compreender a materialidade da linguística como evidência, passando pelo perfilhamento linguístico, atribuição de autoria a textos apócrifos, determinação de significados, identificação de plágio, marcas registradas, fonética forense e cibercrime.

Para o acadêmico de Letras Manoel Felipe Alves, a conferência foi importante para mostrar novos caminhos para a atuação profissional. “O mercado de trabalho para o profissional de Letras ainda possui muita ênfase para a atuação docente. Essa foi uma oportunidade de conhecermos um novo campo de atuação para o letrólogo, que é a Linguística Forense, que exige a aplicação de métodos e conceitos científicos da linguística em contextos jurídicos e periciais. Aproveito para parabenizar a coordenação do curso e a Unitins pela iniciativa”, destacou.

O professor palestrante Welton Pereira e Silva pontuou o momento como marcante. “A Unitins deu o primeiro passo rumo ao reconhecimento da Linguística Forense como ciência da Linguagem e do Direito. A Linguística Forense se preocupa com questões linguísticas que atravessam o espaço jurídico, de modo a contribuir na resolução de problemas desse campo social. No entanto, aqui no Brasil, é uma realidade distante, tendo em vista ainda não ser reconhecida como ciência. Portanto, eventos como esse e artigos científicos colaboram para o reconhecimento da LF como ciência, uma área do saber a ser explorada, valorizada e divulgada pela universidade e, sobretudo, pelo Poder Judiciário. Por essas e por outras, esperamos que nos próximos anos a Unitins incorpore a Linguística Forense nas grades curriculares dos cursos de graduação em Letras e Direito, para a formação de futuros linguistas forenses”, afirmou o professor doutor.

Para a professora Tania Regina Martins Machado, docente do colegiado de Letras, “a conferência abordou uma temática relativamente recente no País, prendendo a atenção dos acadêmicos ao mostrar um mundo completamente novo e instigante para sua atuação profissional, oportunidade que deve ser valorizada, pois ampliam as perspectivas de trabalho e de pesquisa”.

O coordenador do curso de Letras, Victor Fernandes Borges, que mediou o encontro on-line, ressaltou que o contato com essa nova área reforça a amplitude de atuação do profissional de Letras. “Em países como Espanha e Estados Unidos a Linguística Forense já é considerada uma ciência e a atuação desses especialistas já foi decisiva no desvendamento de crimes. Ficamos contentes com a realização dessa conferência, que representa mais um passo em direção a uma formação ainda mais completa para os nossos acadêmicos”, pontuou.

A conferência também contou com a participação da assessora pedagógica do Câmpus Araguatins, Ana Irene Carneiro Borges Lucena, e dos professores Jully Ximenes Borsoi Kavalerski e Antônio Clerton Santana de Araújo do colegiado de Letras.

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