Sexta-feira, 10 de janeiro de 2025.
PRISÃO PREVENTIVA
A Justiça decretou a prisão preventiva do homem logo após o crime.
Gilmar Júnior Barbosa Sousa, de 35 anos, suspeito de agredir a ex-namorada no trabalho no dia 9 de agosto, foi preso após se apresentar na Delegacia de Polícia de Araguatins no último sábado (17). Ele estava foragido e teve a prisão preventiva decretada no dia 10 de agosto.
Conforme a Secretaria da Segurança Pública (SSP), foi cumprido o mandado de prisão preventiva, expedido pela Vara Especializada no Combate à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Araguaína.
A defesa do suspeito, feita pelas advogadas Ana Carolyne Nunes César e Karla Késsia de Lima Pereira, informaram que a tese da defesa principal, neste momento, é que o suspeito era incapaz de entender o caráter ilícito do fato, uma vez que estava em completo surto psicótico. Leia a nota na íntegra no final da matéria.
A audiência de custódia foi realizada no último domingo (18), onde foi verificada a regularidade da detenção e a prisão preventiva foi mantida. Gilmar foi levado para uma Unidade Prisional de Araguatins, onde está a disposição da Justiça, informou a SSP.
Prisão preventiva
Após pedido de prisão feito pelo Ministério Público e enviado à Justiça do Tocantins no dia 10 de agosto, foi decretada a prisão preventiva de Gilmar Júnior Barbosa Sousa. Ele é o homem que aparece em câmeras de segurança agredindo a ex-namorada Melissa Bueno Santos, de 20 anos. O crime aconteceu em Araguaína, quando a vítima estava no trabalho.
Na denúncia, o promotor diz que o ex-companheiro teria mandado várias mensagens pedindo para reatar o relacionamento. Por não ter resposta de Melissa ele foi até seu local de trabalho, onde a agrediu.
Entenda
O crime aconteceu na manhã do dia 9 de agosto, por volta das 7h30, em Araguaína, região norte do estado. Segundo Melissa, o relacionamento havia acabado há 20 dias e no dia anterior à agressão, ela entrou com pedido de medida protetiva de urgência.
Segundo a PM, o homem teria pulado o muro da empresa onde a ex trabalha. A suspeita é que ele tenha entrado na casa onde funciona o espaço de beleza em que Melissa trabalha pelos fundos. Depois ficou escondido em um dos cômodos até a chegada dela.
Quando a vítima chegou no trabalho ele a espancou com socos no rosto, a derrubou no chão e depois apertou o pescoço dela.
"Eu entrei e sentei aqui nesse lugar, ele veio e nem chegou a perguntar nada. Já veio me agredindo. Que a justiça seja feita. Porque eu não quero esse homem nem pintado de ouro mais na minha frente. Só quero que a justiça seja feita e agradecer a Deus por ter me dado esse grande livramento", desabafou Melissa.
Durante a agressão, uma testemunha chegou ao local e bateu no portão, momento em que o ex-companheiro saiu correndo.
Imagens da câmera de segurança do estabelecimento mostram que o homem joga a mulher em um sofá e começa a enforcá-la. Depois, ele levanta ela puxando pelo pescoço e a carrega para outro cômodo.
Posicionamento da defesa
“Em primeiro plano, foi decretada a prisão preventiva do Sr. Gilmar Júnior Borges Sousa, um dia após os fatos. Gilmar foi abrigado pela família, sob efeitos de medicamentos, uma vez que estava em completo surto psicótico. Quando melhorou, espontaneamente, se colocou à disposição da justiça.
Antes disso, a defesa entendeu por impetrar um habeas corpus solicitando a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares diversas da prisão, notadamente, uma internação provisória.
Ainda na fase de investigação, a defesa protocolou um incidente de insanidade mental, no momento, aguarda-se a deliberação do juiz. Neste caso, a perícia irá aferir se o Sr. Gilmar era capaz de entender o caráter ilícito do fato.
A tese da defesa principal, neste momento, é que no momento dos fatos, o Sr. Gilmar era inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato, ou seja, inimputável.
Por oportuno, observa-se que antes dos fatos, precisamente no dia 07/08, o Sr. Gilmar foi encontrado totalmente confuso pela PRF numa rodovia local, como comprova o prontuário médico fornecido pelo Hospital Regional de Araguaína/TO”, informou as advogadas de defesa.
