NÚCLEO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
Acadêmicos dos cursos de Letras e Pedagogia do Câmpus Araguatins participaram do evento.
O Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins) realizou, na última quarta-feira, 11 de outubro, uma mesa redonda para os acadêmicos dos cursos de Letras e Pedagogia do Câmpus Araguatins. O tema abordado foi "Ciências básicas para o desenvolvimento sustentável", em consonância com a 20ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.
A programação foi dividida em três blocos, e a mesa foi conduzida por Marco Aurélio Cavalcante Ayres, articulador do NIT nos câmpus do Bico do Papagaio. No primeiro momento, Ayres apresentou os convidados, que incluíam o professor e engenheiro ambiental Thiago de Loiola, do Instituto Federal do Tocantins, o professor e contador Valdenês Pacheco Barbosa, da Unitins, e a representante do Sebrae-TO, Juliana Masson Prediger.
No segundo bloco, os convidados discutiram o tema central do debate e compartilharam casos de sucesso, sugerindo ideias de projetos sustentáveis para a submissão de resumos para a VII Mostra de Ciência e Tecnologia da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins) programada para os câmpus do Bico do Papagaio nos dias 30 e 31 de outubro. Os convidados enfatizaram a importância da pesquisa científica, destacando que os cursos de ciências humanas podem desempenhar um papel significativo na abordagem das questões sociais.
Para Juliana Masson, representante do Sebrae, "são as nossas inquietações que podem transformar os comportamentos que temos. Para mim, a grande questão do debate é como, por meio de uma transposição didática da ciência, podemos transformar a realidade social. Então, a primeira coisa é perceber o que está acontecendo e utilizar o conhecimento para transformar, mas o conhecimento só consegue transformar uma realidade se mudarmos nossa postura".
O professor Valdenês Pacheco enfatizou a necessidade de compreender o cenário econômico do Brasil para discutir sustentabilidade. "Considerando todo o nosso contexto político, cultural e geográfico, o Brasil se enquadra mais como adepto da construção de crescimento econômico em equilíbrio com as questões ambientais, uma bioeconomia". Pacheco levantou questões e reflexões sobre o tema central, abordando os desafios dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.
Continuando o debate, o professor Thiago Loiola falou sobre a dificuldade de divulgar dados científicos e como os profissionais de Letras e Pedagogia podem criar ferramentas eficazes para transformar esses dados em informações acessíveis ao público em geral. "Vocês possuem as ferramentas de divulgação para o grande público que não teria acesso aos dados técnicos. Seria uma grande ajuda levar esses dados para a população, porque enquanto nós falamos de variação de temperatura, geração de lucros e indicadores, muitas vezes a população não tem noção do que isso significa. Eu vejo os estudantes das ciências humanas com ferramentas acessíveis para transformar esses dados em informações claras e compreensíveis para a população".
O terceiro bloco incluiu perguntas e respostas dos alunos e palestrantes, que também abordaram o desenvolvimento de cidades sustentáveis. Shamya Cardoso, acadêmica do 4º período de Pedagogia, destacou a relevância do assunto para sua área de atuação: "Tem muita gente que acha que para o pedagogo essas discussões não são necessárias, mas nós, como futuros professores, precisamos ter conhecimento relacionado à sustentabilidade para trabalhar em sala de aula. Achei muito interessante quando os palestrantes afirmaram que os letrólogos e pedagogos podem abordar esse tema na escrita, observando e relatando os acontecimentos".
O mediador da mesa redonda, Marcos Aurélio, enfatizou que a ação visa incentivar a produção científica e a reflexão sobre o desenvolvimento sustentável, principalmente no contexto do empreendedorismo. Ele destacou o apoio do NIT aos acadêmicos da Unitins, afirmando: "Todos os cursos também contemplam a disciplina de empreendedorismo. Para mostrar uma nova vertente aos alunos, além de seguir na universidade, obter o título de bacharel ou licenciado e entrar no mercado de trabalho, estamos mostrando a vertente empreendedora. Temos vários exemplos de casos de sucesso na Universidade".