UNITINS
Atividade foi desenvolvida no 2º dia de Conversa Aberta dos cursos de Letras e Pedagogia da Unitins Câmpus Araguatins.
A segunda noite da programação do evento "Conversa Aberta dos cursos de Letras e Pedagogia", na quarta-feira, 24, no auditório do Câmpus Araguatins da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), levou para profissionais da educação e acadêmicos a oficina "A função do cuidador e do professor auxiliar no processo educacional de crianças neurodivergentes", ofertada pela psicopedagoga e professora Miliana Sampaio.
A oficina teve como objetivo principal fornecer orientações claras sobre as regulamentações das práticas profissionais do professor de apoio, tendo como foco esclarecer suas atribuicões de acordo com a Lei Brasileira de Inclusão. A psicopedagoga enfatizou durante sua fala que esses profissionais desempenham um papel essencial como parte integrante da equipe escolar, acompanhando diariamente os alunos neurodivergentes e contribuindo para a compreensão das características individuais de cada aluno, trabalhando também na eliminação de barreiras que possam impedir a plena atuação do aluno na vida escolar.
Participação
Os participantes da oficina estiveram presentes de forma ativa com relatos e questionamentos levantados durante as atividades, gerando debate e troca de experiências. Para a profissional de apoio atuante no município de são Sebastião do Tocantins, Laurides Alves Ventura, o encontro foi de grande proveito. "Aprendi muitas coisas que eu não sabia e não estava praticando no apoio ao meu aluno, não conhecia as leis e foi importante ela trazer isso, vai agregar muito na minha vida profissional. E, com certeza, o que mais gostei foram as novas estratégias apresentadas, métodos que podemos trabalhar com os alunos dentro da sala de aula, aprendi e vou colocar em prática”, afirma a profissional.
Segundo Leida Medrado, estudante do 1º período do curso de Pedagogia, a oficina foi uma experiência enriquecedora que proporcionou um aprendizado fundamental: a empatia. "Muitas vezes, esquecemos que a empatia é uma qualidade necessária para o profissional". Leida também ressaltou a fala da psicopedagoga sobre a importância de considerar o ponto de vista dos pais durante os atendimentos, lembrando-se de oferecer o suporte necessário às famílias.
O que a Lei fala sobre o profissional de apoio escolar?
A Lei Brasileira de Inclusão (LBI), Lei n° 13.146/2015, no capítulo IV assegura a educação inclusiva em todos os níveis de ensino sendo papel do poder público assegurar o atendimento educacional especializado, serviços e adaptações razoáveis, além da oferta de profissionais de apoio escolar.
Conforme previsto no art. 27, a educação constitui direito da pessoa com deficiência, que assegura sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades fisicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem.
No inciso III e XVII do art. 28, está previsto projeto pedagógico que institucionalize o atendimento educacional especializado, assim como os demais serviços e adaptações razoáveis, para atender às características dos estudantes com deficiência e garantir o seu pleno acesso ao currículo em condições de igualdade, promovendo a conquista e o exercício de sua autonomia. Garantindo a oferta de profissionais de apoio escolar.
Conclusão
A psicopedagoga Miliana Sampaio ficou satisfeita com a participação da comunidade e acredita que os objetivos foram alcançados. "Eu acredito que diante dos relato e das discussões acerca da proposta da atividade, tenhamos alcançado aquilo que propomos enquanto Universidade. Fomentar o conhecimento e atender a uma demanda que é de todos os órgãos que gerem processos de aprendizagem e que buscam ser tornar cada dia mais inclusivos", destaca.
Segundo o coordenador do curso de Letras, Victor Borges, a oficina proporcionou uma oportunidade de aproximação entre a Universidade e a comunidade. Ele destaca que esse tipo de acão é uma chance para a instituição disseminar conhecimento para a comunidade externa, tendo um impacto direto no contexto socioeducativo, onde profissionais da educação precisam compreender a importância de sua contribuição no processo de ensino. O coordenador ressalta a presença da professora Miliana Sampaio como uma grande oportunidade de compartilhamento dos conhecimentos adquiridos ao longo de seus 23 anos de experiência em inclusão. "A participação na oficina permitiu plantar uma semente na vida de cada profissional presente, que se dedica a aprender e entender o funcionamento do processo de ensino inclusivo", destaca Victor.
“Foi um evento muito especial, pensado para celebrar os dias do pedagogo e do profissional de letras. Contamos com a participação ativa de acadêmicos e profissionais da área, o que transformou essa experiência em algo além de uma oportunidade para adquirir conhecimento, mas um momento de conexão, construção de laços e de fortalecimento da nossa comunidade. Espero que todos tenham se sentido verdadeiramente inspirados e motivados a continuar buscando a excelência na área da educação. Agradeço principalmente a professora Miliana Sampaio pelo apoio oferecido neste evento", reforçou a coordenadora do curso de Pedagogia, Aquenubia Gonçalves.