URT/ILPF
No dia 10 de junho, acontecerá em Araguatins, dia de campo sobre integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF). A Fazenda Araguaiana vai receber, pelo segundo ano consecutivo, evento com essa temática. O objetivo é mostrar a experiência do produtor Luciano Vilela com o sistema.
De acordo com Cláudio Barbosa, da área de transferência de tecnologia da Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas-TO), depois da implantação do sistema houve ganhos para o produtor de diferentes ordens: tanto econômicos, quanto ambientais e sociais. Sobre os primeiros, hoje há mais lucratividade (em reais por hectare por ano) nas áreas da propriedade que tinham pastagens degradadas e bois na fase de recria / terminação.
Os benefÃcios ambientais, explica Cláudio, são “diminuição de plantas invasoras indesejáveis, especialmente o Paspalum virgatum (capim duro ou navalhão), principal gramÃnea invasora de pastagens na Amazônia, e diminuição do uso de áreas do passivo ambiental na fazendaâ€. Já os ganhos sociais passam por “maior inclusão e absorção de mão de obra especializada para atividade agrÃcola na fazenda e maiores intercâmbio e conhecimento do proprietário rural com o mercado agrÃcola, com seus participantes de vários setores e funções técnicas da cadeia do milho, do arroz e futuramente da sojaâ€, completa.
A Fazenda Araguaiana atualmente é uma das propriedades consideradas Unidade de Referência Tecnológica (URT) pela Embrapa. A ideia é que essas URTs sejam de fato espelho para propriedades vizinhas e que os produtores possam ver, no campo, benefÃcios da adoção de tecnologias. No Tocantins, são cerca de 30 propriedades como essa dentro do Plano ABC, que trabalha incentivando uma agricultura que gere baixa emissão de carbono.
Interesse do produtor
Para que as URTs funcionem bem, é essencial o engajamento dos produtores. Cláudio conta que Luciano, da Fazenda Araguaiana, “apesar de ser engenheiro agrônomo, conduzia a fazenda exclusivamente como pecuarista, tendo como atividade principal a fase de recria e terminação de bovinos machos. Desde o princÃpio, pela sua formação e pelo seu perfil, demonstrou-se totalmente interessado em participar do projeto de transferência de tecnologia em ILPF e hoje já presta algumas consultorias particulares a outros pecuaristas que estão iniciando a adoção das mesmas tecnologias de ILPâ€.
O produtor é um dos palestrantes do dia de campo. Ele vai falar sobre os temas “Integração: tomada de decisão pelo pecuarista†e “Recuperação de pastagens com lavouraâ€. Confira, no final deste texto, mais informações sobre o dia de campo, inclusive a programação completa. Cláudio, da Embrapa, entende que “quanto mais interesses o produtor tem em relação à adoção e ao conhecimento dos sistemas integrados, em especial a ILPF, mais benefÃcios e em menor tempo ele obterá com a implantação desta em sua propriedadeâ€.
Sobre o evento
O 2º Dia de Campo sobre ILPF começa à s 7h:30 do dia 10 de junho. A participação é aberta aos interessados. Para chegar à Fazenda Araguaiana, basta, em Buriti do Tocantins, seguir pela TO-201 por 10 km no sentido de Esperantina, virar à esquerda em estrada vicinal, seguir por mais 2,5 km até um mato burro à esquerda e, aÃ, seguir mais 1,5 km até a sede. Abaixo, a programação:
7h:30 – Recepção e cadastramento
8h – Abertura e boas vindas / Luciano Vilela, Fazenda Araguaiana
8h:20 – Integração: tomada de decisão pelo pecuarista / Luciano Vilela, Fazenda Araguaiana
8h40 – Sistemas integrados para produtores rurais / Joaquim Jr, JL Consultoria
9h:30 – Apresentação do Projeto Rede de TT em ILPF / Cláudio Barbosa, Embrapa
10h – Cigarrinha, tecnologia Bt e qualidade do colmo de milho / Rogério Komatsu, Imperagro
10h30 – Manejo nutricional para a cultura do milho / Alexandre Magalhães, Herbinorte
11h – Recuperação de pastagens com lavoura / Luciano Vilela, Fazenda Araguaiana
11h:20 – Alternativa de veda de pastagem de Mombaça para controle do capim duro / Francisco Holanda, Fazenda Carajás
11h40 – Encerramento com almoço
O dia de campo é uma ação da Rede de Fomento em ILPF, formada pelas empresas Cocamar Cooperativa Agroindustrial, Dow AgroSciences, John Deere, Parker e Syngenta e executada pela Embrapa e por parceiros. )Com informações da Assessoria de Imprensa da Embrapa Pesca e Aquicultura )