CIÊNCIAS CONTÁBEIS
Atividade é parte da disciplina de Filosofia, Ética e Cidadania.
Os acadêmicos do 3º período de Ciências Contábeis da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins) Câmpus Augustinópolis participaram nesta segunda-feira, 5, da palestra “Reflexão filosófica à mesa: cultura e relações étnico-raciais”, ministrada pela doutoranda e mestre em Educação, e palestrante convidada, Keila Rodrigues. O evento ocorreu de forma híbrida com a presença on-line da educadora.
A atividade é parte da disciplina de Filosofia, Ética e Cidadania, ministrada pela professora Rafaela Brito da Silva. No início da explanação, a palestrante destacou que “com esse acesso facilitado às redes sociais, nós temos visto muitos eventos de preconceito racial. Precisamos combater isso e esse combate se dá por meio do conhecimento. É preciso conhecer a nossa luta e ter armas próprias para lidar com o nosso inimigo. Uma dessas armas é o conhecimento”.
O acadêmico Paulo Henrique Júnior, do 3º período de Ciências Contábeis, ficou surpreso com as informações que obteve a partir da palestra. “Fiquei bastante impressionado com a quantidade de inventores negros e engenheiros que existiram e ainda existem, mas que foram negligenciados, esquecidos e até mesmo humilhados simplesmente por causa da cor de sua pele”, comentou.
E completou ressaltando que é preciso “abordar esse assunto com mais frequência. Precisamos estudar mais sobre o tema e entender nosso lugar de fala, compreendendo o quão importante somos na sociedade. Eu me incluo nessa discussão, pois também sou negro. É fundamental reconhecer a relevância das contribuições que nós, negros, oferecemos à sociedade”.
A programação foi organizada a partir do conteúdo ementário da disciplina com a proposição de um estudo sobre cultura e relações étnico-raciais. O objetivo foi promover a reflexão dos acadêmicos acerca dos direitos humanos e cidadania, bem como sobre a inserção do negro na sociedade brasileira e sua participação nas ciências.
“A professora apresentou alguns nomes de negros que foram inventores e criadores, alguns deles enfrentando até mesmo a época da escravidão. Infelizmente, muitos não puderam patentear suas invenções devido ao preconceito racial, pois quando os consumidores descobriam que eram negros, deixavam de adquirir seus produtos. A ideia era fazer com que nossos alunos refletissem sobre a importância dessa relação, compreendendo a relevância da cultura a partir da diversidade étnico-racial”, frisou a professora Rafaela Brito da Silva.
Para a coordenadora de Ciências Contábeis/Câmpus Augustinópolis, Ana Paula Monteiro, a ação corrobora o compromisso da Universidade em formar profissionais com pensamento crítico. “Na graduação tem uma parte que é técnica que os acadêmicos precisam ter domínio para entrar e permanecer no mercado de trabalho, mas por outro lado existe o espaço da reflexão, de se entender como parte de um todo e compreender sua função pessoal e profissional dentro da sociedade”, pontuou.