UNITINS E PC
Parceria entre Unitins e Polícia Civil viabiliza colaboração de acadêmicos em simulação de crime.
A parceria estabelecida entre a Universidade Estadual do Tocantins (Unitins) e a Polícia Civil do Tocantins, por meio da 12ª Delegacia de Polícia de Augustinópolis, tem proporcionado experiências enriquecedoras para os acadêmicos do curso de Direito do Câmpus Augustinópolis. Neste ano, pela primeira vez na história da instituição, acadêmicos do Núcleo de Práticas Jurídicas (NPJ) de Augustinópolis participaram de uma reprodução simulada de crime contra a pessoa. O laudo resultante da ação deve ser apresentado ao Tribunal em 2023, segundo a Polícia Civil.
A infração criminal ocorreu em abril deste ano, quando o policial militar do Estado do Pará Hudson Thiago Lima de Almeida foi morto a tiros em um estabelecimento local. À época, outras quatro pessoas ficaram feridas. O inquérito policial, bem como a denúncia do acusado, o policial penal Leonildo Sousa Cruz, pelo Ministério Público do Tocantins foram feitos ainda no primeiro semestre deste ano, mas devido ao tempo necessário para a recuperação das vítimas e o curto prazo para o encerramento do inquérito pela Polícia Civil, a reprodução simulada foi solicitada somente na fase judicial, tendo sido realizada em outubro.
Os acadêmicos da Unitins foram convidados pelo delegado titular da 12ª DPC de Augustinópolis, Jacson Wutke, que investigou o caso. Catorze alunos colaboraram interpretando os papéis das testemunhas, vítimas, envolvidos e acusado. Ao todo, 32 pessoas, entre acadêmicos, professores e servidores participaram da simulação. A reprodução simulada durou cerca de quatro horas e ocorreu no mesmo estabelecimento onde o crime foi registrado.
“Poder participar da reconstituição da cena de um crime de tamanha repercussão foi uma oportunidade incrível proporcionada pelo NPJ da Unitins [Câmpus Augustinópolis] em parceria com a Polícia Civil. Foi uma experiência enriquecedora. Vivenciar o Direito na prática faz toda a diferença para a carreira acadêmica e formação profissional”, comentou o discente Arthur Theopompo, que interpretou uma das testemunhas.
Para o delegado Jacson Wutke, “tanto a teoria, quanto a prática possuem seu valor. Buscando uma formação acadêmica efetiva e completa, revela-se imprescindível que o estudante possa experimentar a aplicação da teoria no mundo dos fatos, onde - para o Direito, por exemplo - a justiça realmente se concretiza. Nessa experiência, mais que apenas assistir a reprodução simulada de uma complexa série de crimes contra a vida, os acadêmicos da Unitins, representando em atuação os envolvidos na investigação criminal, efetivamente puderam participar da diligência, verificando passo a passo o seu desenrolar”, ressaltou o titular da 12º DPC.
Para a coordenadora do NPJ do Câmpus Augustinópolis, Maira Regina de Carvalho Alexandre, acompanhar os alunos nessa experiência foi satisfatório. “Vi a alegria no rosto de casa um e o compromisso que eles tiveram durante a realização [da reprodução simulada]. Isso comprova que estamos no caminho certo. Agradeço ao Dr. Jacson Wutke e à Polícia Civil do Tocantins por essa parceria com a Unitins, Câmpus Augustinópolis, e por acreditar no potencial dos nossos acadêmicos”, agradeceu a professora.
O laudo pericial da reprodução simulada foi emitido pelo 1º Núcleo Regional de Perícia Criminal de Araguatins. "A Polícia Civil vê com bons olhos essa imersão dos acadêmicos de Direito da Unitins na prática forense e parabeniza a coordenadora do Núcleo de Práticas Jurídicas (NPJ) de Direito do Câmpus Augustinópolis, Dra. Maira Regina de Carvalho Alexandre, pelas atividades que estão sendo desenvolvidas pela instituição de ensino. Ganham os acadêmicos, com o intercâmbio de conhecimento e experiências; ganha a sociedade, com a formação de operadores do Direito mais preparados, conscientes e corresponsáveis pela distribuição da justiça”, concluiu o delegado Jacson Wutke.