NO BAIRRO SÃO JOSÉ
Parte da população do bairro São José respondeu ao questionário de avaliação dos serviços públicos da cidade.
Cerca de 70 moradores do bairro São José, em Augustinópolis, participaram da coleta de dados do projeto Laboratório de Estudos de Extensão em Direitos Difusos e Coletivos do curso de Direito da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), Câmpus Augustinópolis. As informações foram colhidas por meio de questionários aplicados de porta em porta no último domingo, 11.
O grupo de 20 acadêmicos que participa do projeto de extensão foi dividido em três subgrupos. Cada um deles aplicou questionários voltados para temas específicos, sendo os três temas escolhidos: Educação, Saúde e Urbanismo. Nenhum dado pessoal foi coletado pelos pesquisadores. Os moradores, que aceitaram participar da coleta, responderam somente perguntas pertinentes à avaliação dos serviços públicos sob os aspectos qualitativos e quantitativos.
O objetivo é diagnosticar os principais problemas comunitários de modo que as informações coletadas possam guiar futuras ações extensionistas da universidade com o intuito de solucionar as questões levantadas durante a pesquisa.
A ação é parte das atividades previstas no cronograma de atividades do Laboratório de Estudos de Extensão em Direitos Difusos e Coletivos coordenado pelo professor Tiago Alencar Cruz, do colegiado de Direito do Câmpus Augustinópolis. “Nosso objetivo é coletar dados empíricos e de observação a fim de subsidiar a confecção de dossiês informativos que serão encaminhados aos órgãos responsáveis como a Defensoria Pública do Tocantins, o Ministério Público do Tocantins e a Prefeitura Municipal”, explicou o professor coordenador.
Para a acadêmica Paula Assunção Freire, do 10º período, a experiência foi enriquecedora. “Foi uma experiência muito enriquecedora, ainda mais que estou concluindo minha graduação, esclarecendo um ponto primordial: as pessoas possuem uma expectativa tão baixa no poder público, seja por questões de falta de conhecimento de seus direitos, seja por causa da frustração pelos governantes, que o mínimo realizado já é o suficiente. Entre os entrevistados, poucos falaram com clareza sobre os problemas enfrentados, visto que visivelmente o bairro estava carente de atuação mais expressiva do poder público em garantir o básico, o mínimo para uma vida digna e segura”, opinou.
Laboratório
O projeto se divide em quatro etapas: a discussão teórica a respeito da temática, a pesquisa de campo para a coleta de dados, a formulação de dossiês e o encaminhamento dos documentos para o Núcleo de Práticas Jurídicas do curso de Direito do Câmpus Augustinópolis e para os órgãos responsáveis pela garantia de direitos individuais e coletivos, como a Defensoria Pública do Tocantins (DPE) e o Ministério Público do Tocantins (MPTO).
A proposta é mapear os direitos e necessidades de grupos minoritários ou não como população LGBTQI+, idosos, mulheres em situação de violência, consumidores e comunidade em geral, no que diz respeito a problemas como, por exemplo, a ausência de saneamento básico em um bairro da cidade de Augustinópolis.