ENTRE 25 E 64 ANOS
Acadêmicos de Enfermagem tiraram dúvidas e falaram sobre a importância da realização do exame preventivo.
Alertar sobre os riscos e combater o câncer do colo do útero é o principal objetivo do projeto de extensão “Preventivo também é se amar” do curso de Enfermagem, da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), Câmpus Augustinópolis. Na última terça-feira, 28, a atuação do projeto alcançou as mulheres assistidas pela Unidade de Saúde da Família do bairro Boa Vista, em Augustinópolis.
Durante a programação, as mulheres presentes receberam orientações acerca da prevenção e combate ao câncer do colo do útero, um dos tipos que mais acomete mulheres no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. As informações foram repassadas durante uma roda de conversa organizada pelos acadêmicos de Enfermagem. Na oportunidade, as assistidas puderam tirar dúvidas sobre o tema e ouvir sobre a importância da realização do exame preventivo oferecido gratuitamente nas unidades de saúde.
“É de suma importância para a comunidade realizar ações que disseminam conhecimentos, pois através dessas iniciativas é que estimulamos a Promoção e Educação em Saúde. A temática foi escolhida, justamente porque o mês de março é destinado a prevenção do câncer do colo do útero, e por essa patologia ser uma das maiores causadoras de mortes em mulheres no Brasil”, explicou a acadêmica Larissa Azevedo, que participou da ação.
A campanha nacional Março Lilás foi lançada pelo Ministério da Saúde para conscientizar a população sobre a doença e colaborar para o enfrentamento desse tipo de câncer no País. O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza gratuitamente as orientações de prevenção, acompanhamento ambulatorial, exames diagnósticos, procedimentos cirúrgicos, quimio e radioterapêuticos.
Tocantins
O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que, até o final deste ano, 180 mulheres tenham sido diagnosticadas com câncer do colo do útero no Estado do Tocantins. Ainda de acordo com o levantamento do órgão, esse tipo de câncer é o terceiro mais comum no Brasil.
“Como futuros profissionais da saúde é importante que os nossos acadêmicos saibam desde a graduação os mecanismos e serviços do SUS para o enfrentamento de diversas doenças. No caso do câncer do colo do útero, quanto maior a disseminação de orientações sobre prevenção, realização e acesso a outros serviços gratuitos do SUS, menores as chances dessas mulheres serem diagnosticadas tardiamente”, destacou a professora orientadora do projeto, Cristiana Maria de Araújo Soares Gomes.
Prevenção
O Inca alerta que a redução dos casos de câncer do colo do útero está diretamente ligada à diminuição do risco de contágio pelo HPV, que ocorre por via sexual. A utilização de preservativo protege parcialmente da contaminação, mas, a principal forma de prevenção é por meio da vacina contra o HPV.
Desde 2014, o imunizante é disponibilizado pelo Ministério da Saúde de forma gratuita pelo SUS, mas atende somente ao público-alvo de meninos e meninas entre 9 e 14 anos, uma vez que a eficácia da formula tem mais sucesso quando é administrada antes do início da vida sexual.
A realização periódica do exame Papanicolau, conhecido como preventivo, é outro forte aliado na luta pela redução dos casos e, consequentemente, das mortes ocasionadas no país pelo câncer do colo do útero.