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17/05/2023 - 09h13m

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AUGUSTINÓPOLIS: Sal de ervas produzido por pesquisadores da Unitins é entregue para hipertensos

Por Bico 24 Horas

Receita foi desenvolvida pelo professor Wallace Sousa e oito acadêmicos dos cursos de Enfermagem e Medicina que integram o projeto Nutriervas.

Sal de ervas produzido por pesquisadores da Unitins de Augustinópolis é entregue gratuitamente para hipertensos. (Foto: Ananda Portilho)

O projeto de extensão Nutriervas, vinculado ao curso de Enfermagem da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins) Câmpus Augustinópolis iniciou na quarta-feira passada, 10, a distribuição do sal de ervas de baixo custo produzido pelos pesquisadores da iniciativa. O primeiro encontro ocorreu no auditório da Universidade e reuniu pessoas hipertensas assistidas pela Unidade de Saúde da Família do bairro São Pedro, em Augustinópolis.

Cada participante diagnosticado com hipertensão recebeu um sachê com 25 gramas do tempero composto por sal grosso, alecrim, salsinha, orégano e manjericão. O custo de produção de cada sachê é, em média, R$ 1. Os contemplados também tiveram acesso a receita do sal de ervas para reproduzir em casa e manter a utilização. O objetivo do projeto é oferecer alternativas para a redução do consumo de sódio por parte dos assistidos.

Foram distribuídos 45 sachês do sal de ervas produzido pelo grupo (Foto: Ananda Portilho)

A dona Maria Antônia dos Santos Cardoso, de 48 anos, foi diagnosticada há três anos com hipertensão. Desde então, ela faz o acompanhamento da unidade de saúde e foi uma das beneficiadas com o sal de ervas. “Esse projeto é muito bom. Já faz um tempo que eu esperava por uma iniciativa dessas. Eu vou usar sim [o sal de ervas]”, contou.

Já a professora Arlete Teles de Menezes, aos 58 anos, não tem um diagnóstico de hipertensão, mas, devido ao estresse do dia a dia e alguns episódios de alteração da pressão arterial, está sendo monitorada para que não desenvolva o problema crônico. Uma das medidas é cuidar da alimentação. “É importante participarmos das oportunidades oferecidas pela universidade e sociedade. Sempre estive envolvida em ações sociais como professora e estudante. Essa parceria é um crescimento para a comunidade. Outras áreas podem se envolver, enriquecendo o projeto. Estamos presentes e apoiando para que tudo ocorra de forma positiva”, ressaltou.

Apesar de ser vinculado à Coordenação de Enfermagem e agregar acadêmicos do mesmo curso, o projeto Nutriervas também conta com a participação de acadêmicos do curso de Medicina/Câmpus Augustinópolis. Para os estudantes que fazem parte da iniciativa, essa é uma oportunidade ímpar de desenvolver habilidades úteis para o mercado de trabalho.

Acredito que esse projeto seja muito relevante, pois é essencial que tenhamos contato com a comunidade, considerando que, no quarto período, já estaremos realizando nossos primeiros estágios, esse contato que estamos tendo agora é fundamental para desenvolvermos habilidades necessárias para a nossa futura carreira”, comentou a acadêmica Daniela Assunção, do 3º período de Enfermagem.

Primeira etapa do projeto se concentrou na pesquisa e produção do sal de ervas (Foto: Ananda Portilho)

Hipertensão

Dados divulgados no último ano pelo Ministério da Saúde apontam um aumento de 3,7% no número de pessoas adultas que foram diagnosticadas com hipertensão, no Brasil, em 15 anos. Estima-se que mais de 30% da população adulta brasileira seja hipertensa.

No Tocantins, segundo informações da Secretaria de Estado da Saúde, mais de 130 mil pessoas são diagnosticadas com hipertensão e fazem acompanhamento periódico no sistema de saúde do Estado.

“O projeto Nutriervas visa atender a população local de Augustinópolis, considerada um grupo populacional relevante para os desafios da saúde pública. Realizamos um estudo científico sobre a qualidade das ervas aromáticas utilizadas em nosso sal de ervas e, agora, concentramos nossos esforços na distribuição e doação dos sachês, além de fornecer informações nutricionais sobre a hipertensão arterial para a comunidade local”, explicou o professor responsável pelo projeto, Wallace Sousa.

A diretora do Câmpus Augustinópolis, Gisele Padilha, comemorou o sucesso de mais um projeto desenvolvido pela Instituição. “Falamos de forma recorrente sobre o papel social que a Unitins desenvolve junto à comunidade local de Augustinópolis. Nossos pesquisadores, professores e alunos são estimulados a desenvolver ações que sejam importantes para suas áreas de formação, mas que também retribuam para a comunidade o investimento feito por meio dos impostos”, assinalou.

A iniciativa também foi celebrada pela pró-reitora de Extensão, Cultura e Assuntos Comunitários, Kyldes Batista. “Através desse projeto de extensão, temos a oportunidade de impactar positivamente a comunidade, transformando vidas e promovendo mudanças sociais. É gratificante perceber como a Universidade desempenha um papel importante não apenas dentro de seus limites físicos, mas também além de suas salas de aula. Estou feliz com o comprometimento de todos os envolvidos nesse projeto e estamos prontos para impulsionar ainda mais essa discussão e diálogo com a sociedade”, projetou.

Professor Wallace com os acadêmicos que compõem o projeto Nutriervas (Foto: Ananda Portilho)

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