quarta-feira, 15 de janeiro de 2025.
FINS CIENTÍFICOS
O corpo será utilizado para fins científicos, auxiliando e fortalecendo a formação dos alunos.
A Universidade Estadual do Tocantins (Unitins) recebeu na manhã de quarta-feira, 12, o primeiro cadáver para o Complexo de Ciências da Saúde (CCS), em Augustinópolis. O CCS integra a estrutura do Câmpus Augustinópolis. O corpo será utilizado para fins científicos, auxiliando e fortalecendo a formação dos alunos dos cursos de Enfermagem e Medicina da Unitins.
“[A partir daqui] iniciamos o estudo bioético do respeito a um cadáver, a um corpo cadavérico, o respeito a cada órgão, a cada tecido, a cada parte desse corpo que for estudado. Em segundo plano estão as técnicas que poderão ser desenvolvidas, pois eles terão contato com uma veia real, uma artéria real, órgãos reais que, mesmo não vascularizados, auxiliarão esse aprendizado. Um cadáver dá a possibilidade dos acadêmicos terem uma dimensão de como vão ser as partes internas de um corpo quando chegarem no internato. E, muito provavelmente, após terminar a graduação, eles não esquecerão desse cadáver no qual tiveram a oportunidade de estudar e aprender”, ressaltou o coordenador de Medicina/Câmpus Augustinópolis, Victor Giovannino.
A doação do cadáver foi viabilizada pelo convênio firmado entre a Unitins e a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Tocantins. O corpo foi cedido pelo Instituto Médico Legal (IML) de Palmas. A partir de agora, os alunos da Unitins terão acesso a um ambiente de aprendizado mais completo, onde poderão aplicar os conhecimentos adquiridos em sala de aula de forma mais realística.
“A gente recebe o cadáver com muito respeito e entusiasmo, pois era uma coisa que estávamos esperando [desde o início do curso]. Ele [cadáver] veio para fortalecer o nosso aprendizado no que se relaciona ao ensino e à pesquisa, e melhorar a qualidade do nosso curso. Nós temos recursos de peças anatômicas artificiais, mas o cadáver vem incrementar e trazer a gente para uma realidade mais próxima da anatomia humana”, destacou o acadêmico Matheus Siqueira Dantas, do 4º período de Medicina.
O cadáver será estudado pelos discentes dos cursos de Medicina e Enfermagem. A graduação em Enfermagem existe na Unitins desde 2014. “Ao longo dos últimos anos temos entregado profissionais super capacitados para o mercado de trabalho, certos de que ofertamos a melhor formação e os preparamos para lidar com os desafios da profissão. Agora, com a chegada do cadáver, esperamos aprimorar ainda mais a graduação em Enfermagem e continuar entregando bons profissionais para a sociedade", manifestou a coordenadora do curso de Enfermagem/Câmpus Augusitnópolis, Hanari Tavares.
Universidade não tem medido esforços para ampliar e estruturar os laboratórios que compõem o CCS. “Recebemos a doação do primeiro cadáver, fruto de uma articulação entre Reitoria, a Secretaria de Segurança Pública e IML, com a finalidade de fortalecer ainda mais a qualidade do ensino e das práticas dos cursos de Enfermagem e Medicina”, comentou.
A pró-reitora de Graduação da Unitins, Alessandra Ruita Czapski, assinalou o empenho da instituição para fornecer educação gratuita e de qualidade. “A Unitins investe em formação para os docentes e no aparelhamento dos cursos com tecnologia para que os alunos possam aprimorar suas formações acadêmicas na área da Saúde. A exemplo disso é a estruturação do Complexo de Ciências da Saúde, que recebe essa peça úmida e enriquece ainda mais esse espaço onde são realizadas as atividades práticas e laboratoriais dos cursos de Enfermagem e Medicina”, ressaltou.
A Reitoria da Unitins reforçou o compromisso em oferecer uma formação de excelência para seus alunos, proporcionando um ambiente de aprendizado que atenda às necessidades do mercado de trabalho e às exigências dos órgãos reguladores da área da saúde.
“Executamos todos os protocolos necessários para receber esse primeiro cadáver, preparando toda a estrutura necessária para armazenamento e manuseio. Temos certeza do propósito pedagógico e educativo, da vivência e do manuseio do aluno em peças úmidas. Reforçamos o respeito ao corpo e à sua família para que saibam que esse cadáver tem fins científicos e pedagógicos. A Universidade fica grata por essa evolução e por esse ambiente prático que estamos propiciando aos nossos alunos”, ressaltou o reitor da Unitins, Augusto Rezende.
