COVID-19
Natural de Ananás e com família em Palmas, Adriano Chaves, de 30 anos, recebeu a primeira dose da vacina da Moderna no dia 26 de março.
No dia 26 de março, o ananaense que mora há três anos nos Estados Unidos, Adriano Chaves, de 30 anos, recebeu a primeira dose da vacina contra a Covid-19. Em dezembro de 2020, quando a campanha de vacinação ainda engatinhava nos EUA, ele conversou com a reportagem do Jornal do Tocantins e contou como enfrentava a pandemia em outro país.
Chaves, que é jornalista, divulgou imagem nas redes sociais momentos após receber a primeira dose do imunizante desenvolvido pela empresa de biotecnologia americana Moderna. Ele e a esposa Rachel Starks, também com 30 anos, se enquadram na etapa atual de vacinação do estado de Massachusetts, que é referente ao grupo de profissionais que lidam com atendimento ao público.
Apesar do alívio, o biquense se preocupa com a família que está no Brasil. Ele não vê a mãe desde sua mudança, há três anos, e teve que adiar os planos de visitar o Brasil com a esposa por causa da pandemia. “A gente não poderia viajar sem se vacinar, então a sensação de estar vacinado dá um pouco de alívio. Mas saber que minha família e amigos não estão vacinados me deixa muito triste. Enquanto eu, que só tenho 30 anos já estou vacinado, olho para meus pais, que são mais velhos, e penso que até agora não tem nem sinal de quando isso irá ocorrer”, lamenta.
Preocupação
Como seu pai, de 62 anos, é diabético, e a mãe, de 51 anos, é asmática, ele faz alertas diários para tomarem os devidos cuidados relativos ao isolamento social, ainda mais após as três suas irmãs contraírem a doença, em agosto do ano passado.
“Enquanto isso, converso com eles todos os dias para saber se estão bem, peço para eles ficarem em casa. E todos os dias é uma loucura, já que não me preocupo só comigo, mas também com a família, ainda mais quando vejo notícias da situação do Tocantins. É muito triste. Aqui nos sentimos um pouco isolados porque mesmo com as fronteiras abertas, há muitas restrições para viajar por causa da Covid-19. Mas também tem o problema de não nos sentirmos seguros no Brasil”, conta.
Além dele, a esposa também sofreu com a distância da família, mesmo estando no mesmo país. “Passamos o ano todo praticamente sem contato com nossas famílias. Apenas nós dois aqui e sempre com medo e receio do quer poderia acontecer com nossos familiares”, complementa Chaves.
Em um mês, o casal receberá a segunda dose da vacina da Moderna. Após serem imunizados e com a esperança renovada para que tudo volte ao mais próximo do normal possível, eles pretendem retomar os planos de visitar a família no Brasil.(JTO)