APÓS OPERAÇÃO PERFÃDIA
A Câmara de Vereadores de Augustinópolis abriu nesta quarta-feira (30), um processo de cassação contra o prefeito, Júlio da Silva Oliveira (PRB). A medida foi tomada após uma operação da Polícia Civil prender quase todos os vereadores da cidade na semana passada. Quem tomou a decisão foram os suplentes, que assumiram as vagas após a prisão dos titulares.
A investigação da operação Perfídia apura um suposto esquema de pagamento de propinas para que Legislativo aprovasse projetos de interesse da prefeitura.
O prefeito, Júlio da Silva Oliveira, agora tem 10 dias para apresentar a própria defesa. O plenário da Câmara deve julgar o pedido em até 90 dias, mas a expectativa é que isso aconteça mais rapidamente, segundo o presidente da Câmara, Cícero Cruz Moutinho (PR).
Moutinho é o único vereador que não foi preso pela polícia quando a operação foi deflagrada. Mesmo assim, o político foi intimado a depor e é investigado. Segundo a Polícia Civil, o esquema de corrupção pode ter desviado R$ 1,5 milhão durante três anos.
A maioria dos vereadores presos foi liberado após o fim do prazo da prisão temporária. Apenas Antônio José Queiroz dos Santos (PSB) continua detido porque teve a prisão preventiva decretada após ficar quatro dias foragido.
Os parlamentares alvos da operação seguem afastados das funções por determinação da Justiça.