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30/06/2020 - 21h13m

NAS UNIDADES PENAIS DO TO

Em ação integrada entre Seciju e Seduc, pessoas privadas de liberdade retomam as aulas

Diretora da Escola Professora Alcides Rodrigues Aires entrega o kit do aluno, desinfetado, à agente de execução penal da CPP de Porto Nacional

A educação dentro das unidades prisionais é uma ferramenta de transformação garantido pela Lei de Execução Penal. Nessa segunda-feira, 29, o ano letivo foi retomado nas escolas estaduais do Tocantins, inclusive nas turmas de Educação para Jovens e Adultos (EJA) nas Unidades Penais. Ao todo, 278 Pessoas Privadas de Liberdade voltaram a estudar por meio da execução de atividades remotas, em uma ação integrada entre a Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes (Seduc) e a Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju).

Neste momento de pandemia da Covid-19, a oferta de escolarização da Educação Básica às Pessoas Privadas de Liberdade nas Unidades Prisionais acontecerá através do repasse de um kit pedagógico com atividades impressas que deverão ser respondidas dentro da cela no período de uma semana e, após finalizadas, serão entregues aos servidores da unidade. Em sequência a isso, serão repassadas aos professores que farão as correções e as orientações necessárias para a boa aprendizagem.

O interno na Casa de Prisão Provisória de Dianópolis (CPP de Dianópolis), A.D.P., falou sobre o retorno às aulas em tempos de pandemia. "Realmente, a volta das atividades escolares foi de muita importância. Isso é bom, porque não iremos perder o ano letivo nem as remições. É bom saber que existem pessoas que se importam com a gente. Obrigado a todos".

Os presos recebem o material que foi devidamente desinfetado e que servirá de apoio para os estudos e base de sua avaliação

O gerente de Educação, Trabalho e Renda ao Preso e Egresso dos Sistemas Penitenciário e Prisional da Seciju, Leandro Sousa, comentou a retomada das aulas neste contexto social atual. “Compreendo que a suspensão das aulas presenciais pelo poder público foi uma medida importante de combate à disseminação do novo Coronavírus e percebemos que o retorno às aulas, mesmo que remotamente, é um avanço para a política de educação em prisões na modalidade EJA”, disse.

De acordo com o secretário executivo Geraldo Divino Cabral, que é grande entusiasta da educação como meio de mudança social, o formato é uma experiência nova para que seja atendido este direito do preso, sendo que o foco é a melhoria desta nova metodologia. “Nós iremos, por meio de nossa Gerência de Educação, Trabalho e Renda ao Preso e Egresso, monitorar e avaliar se está tudo caminhando bem, ou se precisa de ajustes. De toda forma, é um grande ganho para e educação dentro dos ambientes carcerários, uma vez que a educação é ferramenta primordial no processo de reintegração social”, destacou.

O gerente de Educação em Prisões da Seduc, Dálcio Soares, ressaltou a importância da combinação de forças entre os servidores de ambas as Pastas. “Este é o fruto de um trabalho articulado entre as equipes que estão à frente da Política da Educação para viabilizar este retorno, que muito tem alegrado professores e alunos assistidos”, finalizou.

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