Em audiência pública realizada no plenário da Assembleia Legislativa, na manhã desta segunda-feira, dia 11, o relator da Comissão Especial da Reforma PolÃtica, deputado federal Marcelo Castro (PMDB-PI), discorreu sobre seu relatório ao público tocantinense. Entre os temas mais polêmicos, o sistema eleitoral brasileiro, que atualmente adota o modelo de representação proporcional, quando o candidato é eleito pelo quociente partidário, foi questionado. Castro defende combinar os sistemas eleitorais majoritário distrital e o proporcional de lista fechada. Nele, metade (50%) dos candidatos seria eleita em cada um desses sistemas, um modelo adotado na Alemanha.
No entanto, o parlamentar adiantou que a ideia do voto distrital puro tem crescido muito no Congresso. É chamado também de “distritãoâ€, pois nele os candidatos mais votados, independentemente do partido, serão os eleitos. Os argumentos dos apoiadores do sistema é que o atual prestigia o partido polÃtico em detrimento da vontade da maioria. “O importante é a necessidade de debater o assunto porque a reforma polÃtica é inadiávelâ€, alerta Marcelo Castro.
O deputado se posicionou a favor do fim do financiamento privado de campanhas e também da abolição das coligações nas eleições que, para ele, fragilizam os partidos e comprometem a governabilidade. Em relação ao problema da fidelidade partidária, Castro defende uma espécie de “janelaâ€, momento em que o deputado pode mudar de partido após ter cumprido o mandato.
Solicitada pelo parlamentar Nilton Franco (PMDB) e coordenada pela deputada federal Josi Nunes (PMDB), a audiência pública contou com as participações da deputada federal Dulce Miranda (PMDB), do secretário da Articulação PolÃtica, Paulo Sidnei, do presidente da OAB, Epitácio Brandão, além de lÃderes polÃticos e comunitários do Estado.