RECLAMAÇÕES
A situação das estradas que dão acesso as aldeias indígenas da etnia Apinajé, em Tocantinópolis, tem sindo motivo de reclamação. Quem mora no local enfrenta dificuldades até para receber atendimento médico. O socorro demorou chegar em uma das comunidades e uma criança morreu.
Ivan Almeida Barbosa Apinajé, de 2 anos, passou mal no último fim de semana, foi encaminhado para a Unidade de Pronto Atendimento de Tocantinópolis, mas o socorro demorou para chegar.
"A gente ligou, eles não vieram. Vieram no outro dia. Ele estava passando muito mal", contou o avô da criança e cacique Sabino Dias Apinajé.
A água que os indígenas da aldeia Palmeira consomem é tirada de um ribeirão. A filha da indígena Marleida Apinajé já teve problemas de saúde. "Sem tratamento, assim mesmo a gente consome. As crianças ficam com diarreia".
Ao todo, 90 crianças vivem na aldeia, que possui um ponto de apoio, onde são realizados os procedimentos básicos de curativos, distribuição de remédios e aferimento de pressão. Um técnico de enfermagem faz o atendimento. O médico vai ao local uma vez ao mês. Mas, para os indígenas não é suficiente.
No Bico do Papagaio, vivem 2,7 mil indígenas desta etnia divididos em 44 aldeias, que ficam entre os municípios de Tocantinópolis e São Bento.