APÓS 3 DIAS
Estudantes da Universidade Federal do Tocantins (UFT), do curso de Licenciatura em Educação do Campo - habilitação Artes e Música de Tocantinópolis, desocuparam o câmpus neste sábado, 5, após intensa negociação com a Instituição para garantia de direitos que visam a continuidade do curso. Na pauta de reinvindicações, a cobrança pelos auxílios permanência e alimentação que são repassados aos discentes a fim de subsidiar demandas necessárias para o curso.
Em uma carta aberta, os ocupantes afirmam que quando o curso foi criado, o Ministério da Educação (MEC) previu a destinação de recursos para a estruturação do curso. Entretanto, a realidade apontada pelos estudantes é outra. Eles ocupam um alojamento emprestado pela Diretoria Regional de Ensino (DRE) e que, "ainda que em caráter emergencial, o alojamento não atende às condições mínimas de habitabilidade e salubridade dignas à moradia transitória. Além disso, entraves das mais diversas ordens impossibilitam sobremaneira o devido uso do local para esta especificidade".
Professores alertam que dada a modalidade do curso no campo, a evasão tem aumentado com a falta da bolsa, que é crucial para a manutenção dos estudantes. Outro pedido citado na carta é a desburocratização para recebimento da bolsa, que é burocrática e exclui a realidade social dos maiores interessados que são os povos do campo.
Demandam também alojamento e transporte digno e lembram que a UFT se comprometeu junto ao Governo Federal em construir um alojamento adequado com condições salubres e ainda, o transporte para a realização das atividades e alojamento para os professores.
Os estudantes receberam as garantias de melhorias pela Instituição e desocuparam o Câmpus após três dias a contar da ocupação no dia 2 de maio.