VIOLÊNCIA
Reivindicando mais segurança nas unidades e agências dos Correios em todo o Estado, o Sindicato dos Trabalhadores na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos do Tocantins (Sintect-TO), convocou paralisação por tempo indeterminado nas unidades que sofreram com a ação de bandidos. A entidade também orienta que os trabalhadores que foram assaltados estejam juntos na greve. O objetivo, de acordo com o secretário-geral do Sintect, José Aparecido Rufino é chamar a atenção da empresa para a questão da falta de segurança.
Segundo Rufino, das 150 agências e unidades dos Correios no Tocantins, 32 possuem hoje segurança armada e apenas uma tem porta com detector de metais. Só em 2016, o Sindicato já contabilizou 21 casos de assaltos a unidades dos Correios e a carteiros, e cidades como Araguatins, Riachinho, Palmas, Araguaína, Ponte Alta, Talismã, Juarina e Porto Alegre foram alvo dos bandidos.
“A paralisação acontece por causa da insatisfação do trabalhador com a empresa que está retirando os vigilantes armados das agências e com isso vem aumentando os casos de assalto. Já temos uma ação na Justiça pedindo o aumento da segurança, mas a empresa recorreu e não conseguimos chegar a um acordo. Quando o trabalhador é abordado por bandidos ele fica traumatizado e a empresa nem sequer manda um assistente social para conversar com ele, nós é que indicamos que ele procure um psiquiatra, um psicólog”, explica Rufino.
A alegação da empresa, conforme o presidente, é que os Correios não teria dinheiro para manter a segurança armada em todos os locais de trabalho. O Sindicato rebate a argumentação.
“Os Correios são os grandes patrocinadores de eventos, estão patrocinando agora mesmo as Olimpíadas e não conseguem oferecer segurança para os seus próprios trabalhadores. Queremos que o veículo de rua tenha rastreamento, que os profissionais possam sair em dupla e não apenas sozinho, para que um deles possa ficar atento a movimentações estranhas, escolta em alguns casos e segurança nas agências. É uma solução simples, pra um problema que quando acontece, gera um transtorno enorme”, afirma o secretário-geral.
Para o Sintect, a expectativa é de que amanhã a paralisação possa reunir 50 trabalhadores em todo o Estado.