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21/09/2021 - 14h58m

CRIME BÁRBARO

Investigações da Polícia Civil, resultam nas condenações de quatro homens por matar e degolar jovem em Divinópolis

Redação

Crime bárbaro foi cometido por membros de facção criminosa em Divinópolis.

Investigações, resultam nas condenações de quatro homens acusados pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, tortura, cárcere privado e organização criminosa

 

Em julgamento realizado no Fórum da Comarca de Paraíso do Tocantins, na última sexta-feira, 17, o Tribunal do Júri condenou quatro indivíduos com idades de 20, 21, 22 e 23 anos, acusados pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, tortura, cárcere privado e organização criminosa, a penas de reclusão em regime fechado de 28, 26 e sete anos de prisão. As condenações dos homens se deram em virtude de investigações realizadas por policiais da 6ª Divisão de Combate ao Crime Organizado (6ª DEIC).

Sob a coordenação do delegado titular, Eduardo de Menezes, responsável por investigar o caso o inquérito apontou que  os condenados foram, de fato, os autores do homicídio que vitimou o jovem Herick Luan Pereira de Araújo Dias Ribeiro, fato ocorrido no dia 8 de junho de 2019, na cidade de Divinópolis do Tocantins. “Logo após o crime, as equipes da 6ª DEIC, de Paraíso deram início às investigações, desvendaram o crime e identificaram todos os envolvidos no bárbaro homicídio que chocou a pacata cidade de Divinópolis, pela crueldade com que foi praticado”, explicou.

Na época, a autoridade policial representou junto ao Poder Judiciário pelas prisões preventivas dos quatro principais suspeitos pelo crime. Com parecer favorável do Poder Judiciário, no dia 11 de julho de 2019, a Polícia Civil deflagrou a operação Place de Grève e deu cumprimento a mandados judiciais contra os três homens que são apontados como autores do crime.

Com o aprofundamento das investigações, os policiais civis da unidade especializada obtiveram mais evidências de que os homens presos foram os autores do crime. No dia 30 de setembro de 2019, a Polícia Civil efetuou a prisão do quinto elemento envolvido no crime. Desse modo, o inquérito foi concluído e remetido ao Poder Judiciário e ao Ministério Público, que, por sua vez, acatou o resultado das investigações da Polícia Civil e ofereceu denúncia em desfavor de todos os investigados.

Dessa forma, o julgamento foi marcado pelo juízo da Comarca de Paraíso do Tocantins para a última sexta, 17. Na oportunidade, o delegado Eduardo de Menezes, que foi o presidente do inquérito, também foi ouvido e atuou como testemunha de acusação reafirmando os fatos levantados durante as investigações da Polícia Civil. Após as deliberações realizadas pela defesa e também pelo Ministério Público, os jurados se reuniram e decidiram pela condenação dos réus. Após o veredito, os homens que se encontravam presos preventivamente desde a época do crime, retornaram para a carceragem da Casa de Prisão Provisória de Paraíso, onde darão continuidade ao cumprimento de suas penas.

O crime

Conforme apontaram as investigações da Polícia Civil, por volta do meio-dia do dia 7 de junho de 2019, os quatro homens juntamente com um adolescente menor de idade, encontram a vítima próxima de sua residência em Divinópolis e a sequestraram, levando para a casa de um dos autores.

No imóvel, a vítima foi amordaçada, torturada e agredida por mais de 12 horas. Já na madrugada, os condenados levaram o jovem para uma outra residência em construção, próximo ao cativeiro inicial. Nesse local, os acusados continuaram a tortura e, em determinado momento, degolaram a vítima, que ainda estava viva, durante o bárbaro ato.

Motivação

O crime teria sido motivado em razão de uma disputa entre facções criminosas, uma vez que o grupo responsável pela morte da vítima, era de uma facção rival da do rapaz morto. O delegado Eduardo ressalta ainda que a execução foi realizada a mando dos chefes da organização, uma vez que depois de render a vítima e a manter em cativeiro, os homens mantiveram contato com as lideranças da facção, as quais decretaram o veredito para que o Herick Luan fosse assassinado.

Para o delegado Eduardo, as condenações dos quatros indivíduos traz um pouco mais de alívio para a família da vítima e também produz resposta eficiente à população da cidade de Divinópolis. “As condenações dos quatros homens significam o desfecho de um caso macabro que causou muita comoção na população da cidade e que trouxe uma sensação de insegurança na população. Desse modo, as investigações da PC-TO identificaram os autores e desvendaram o crime, para que a justiça pudesse, embasada nas provas colhidas, proceder à responsabilização de todos os envolvidos”, disse o delegado.

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