AUGUSTINÓPOLIS
Servidores públicos da prefeitura e moradores de Augustinópolis, fizeram um protesto nesta quarta-feira (12), contra a segunda cassação do prefeito Júlio da Silva Oliveira (PRB). O julgamento ocorreu no início desta semana, mas o gestor continua no cargo e se recusa a deixar a Prefeitura. A indecisão sobre quem fica no cargo está causando insegurança entre a população.
Oliveira é suspeito de pagar propina a vereadores para conseguir a aprovação de projetos do interesse da administração dele. A Polícia Civil chegou a prender 10 dos 11 vereadores eleitos da cidade, em uma operação realizada em janeiro do ano passado.
A defesa do político afirmou que a cassação não é reconhecida pelo prefeito e entrou na Justiça para garantir a permanência no cargo e pedir anulação da decisão.
"O prefeito não reconhece a cassação realizada no rejulgamento do processo. Houve um arquivamento do processo e ele [o prefeito] sequer foi intimado deste novo julgamento", explicou o advogado Fábio Alcântara.
O advogado afirmou que os vereadores titulares da Câmara Municipal tinham decidido arquivar o processo em um julgamento no dia 16 de janeiro. Segundo ele, os vereadores suplementes, que voltaram a assumir a Câmara, desarquivaram o processo e fizeram o novo julgamento na última segunda-feira (10) sem dar oportunidade do prefeito se defender.
Por outro lado, o presidente da Câmara de Vereadores, Cícero Cruz (PL), afirma que o processo está dentro da lei. "O processo está correto. Simplesmente o que falta é o ex-prefeito Júlio Oliveira desculpar a cadeira para que o vice-prefeito Vanderlei Arruda dê prosseguimento na administração. Ele foi intimado aqui na Câmara mesmo no dia de uma audiência dele", afirmou.