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08/04/2014 - 22h20m

Jogador de futebol viaja 1.700 km para encontrar família que ele nunca viu

g1 tocantins

O jogador de futebol Paulo Sérgio Macedo Soares tem uma história de determinação. Aos 23 anos, ele saiu de Ceará e viajou mais de 1.700 km para chegar em Palmase procurar o pai e os avós, os quais ele não conhece. Nascido no estado nordestido, Paulo foi abandonado pela mãe quando tinha 5 anos. O jogador acredita que o pai não sabe das dificuldades pelas quais ele passou, por isso ele agora tenta encontrar a família paterna."Não sei o que aconteceu, ele acabou largando a minha mãe, deixou a minha mãe em Fortaleza e veio embora para Palmas para a casa dos familiares dele. Minha mãe não tinha condições de me criar e acabou me dando para adoção".
Aos 16 anos, Paulo deixou o abrigo para jogar futebol no Icasa, time cearense, que concede aluguel e uma bolsa para o jogador.Antes de vir para o Tocantins ele teve o primeiro encontro com o seu passado. Paulo conseguiu o contato da mãe dele e ela informou que a avó paterna do jogador é feirante na feira popular da 304 Sul, em Palmas. "A gente conseguiu informações de uma mulher no estado do Rio Grande do Norte, com o mesmo nome da minha mãe, que estava na certidão de nascimento. Como ela conhece a família do meu pai, falou que a minha avó tinha uma barraca na feira da 304 Sul.Depois de receber a notícia de que a avó estaria na capital, ele resolveu vir para o estado de ônibus. Paulo desembarcou em Paraiso do Tocantins, a 66 km da capital. Sem dinheiro e com vergonha de pedir ajuda, ele resolveu vir a pé para Palmas. Foram quase 8 horas de caminhada. "Saí de lá por volta das 11h40 e cheguei 19h30. Uma senhora que vende farinha na feira me colocou para sentar porque eu não estava conseguindo sentar. A minha vontade era ficar me movimentando para não esfriar minhas pernas. Se esfriasse, eu não iria conseguir me levantar mais".
O que motivou Paulo foi a esperança de encontrar a avó na feira. Ele acredita que a família paterna não sabe as dificuldades que ele enfrentou. Comovidos com a história do jovem, alguns feirantes resolveram ajudar. O comerciante Lázaro Miranda de Sousa ofereceu abrigo para Paulo. "Eu falei "este rapaz não pode ficar abandonado aí, sem condições de ter um local para descansar". O que eu posso fazer é levá-lo para minha casa enquanto nós encontramos a família dele"."Na hora que eu o vi e ele me contou a situação, eu achei assim, que ele fosse o meu filho que eu não tive", disse a feirante Rosaldina Miranda. Nesta terça-feira (8), Paulo, com a identidade nas mãos, vai sair de banca em banca atrás de informações do pai e avós. "Meu pai é Claudio Soares, filho de Maria Severina da Conceição e Antônio José Soares, meus avós".

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