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02/04/2023 - 13h50m

FOI INDICIADO

Jovem de Alagoas finge ser empresário e pratica sextorsão após enganar mulher de Augustinópolis

Por Bico 24 Horas

Jovem suspeito de praticar vários crimes sexuais em ambiente virtual foi indiciado por tentativa de “sextorsão”.

Complexo de Delegacias da Polícia Civil em Augustinópolis (Foto: Divulgação)

A 13ª Delegacia de Polícia Civil de Augustinópolis inalizou, nesta sexta-feira (31), as investigações envolvendo um caso de tentativa de “sextorsão”, ou seja, extorsão com a finalidade de obter vantagens de cunho sexual.

O trabalho policial resultou no indiciamento de um jovem de 25 anos que reside no Estado de Alagoas pela prática dos crimes de falsa identidade (consumado), estupro simples (tentado) e divulgação de cena de nudez sem consentimento da vítima (consumado), em continuidade delitiva.

De acordo com as investigações, a vítima procurou a Polícia Civil informando que um homem com quem teve um relacionamento superficial em uma rede social teria passado a constrangê-la, mediante grave ameaça, e a gravar vídeos íntimos, sob pena de divulgar as fotografias anteriormente encaminhadas.

Identificação e modo de agir

Após uma minuciosa investigação, a Polícia Civil conseguiu identificar o jovem que reside em Maceió (AL). Ele se passava por um empresário, utilizando uma identidade falsa nas redes sociais. Com essa manobra, ele teria conseguido enganar a vítima.

“Após conseguir as fotografias íntimas, passou a exigir que outros vídeos íntimos fossem gravados e encaminhados, e caso não fosse atendido, realizaria ampla divulgação dessas fotografias”, explicou o delegado Jacson Wutke, responsável pelo caso. Inclusive, durante as ameaças, teria encaminhado essas fotografias para outras pessoas.

Durante a realização do inquérito policial, a Polícia Civil conseguiu reunir fortes indícios, ficando claro que o investigado era contumaz na prática do que se convencionou denominar “catfishing”.

Nesse tipo de modalidade criminosa, os criminosos criam diversos perfis falsos na internet para enganar outros usuários. Após conquistar a confiança, aplicam golpes, passam a extorquir dinheiro, vazam fotos íntimas, roubam dados pessoais e bancários.

"O senso comum costuma ver a internet como ‘terra de ninguém’. Não é nem nunca foi. Muito embora a legislação vigente não tenha acompanhado a contento a evolução da sociedade, principalmente em âmbito virtual, existem leis que, sejam gerais ou específicas, são inteiramente aplicáveis a esses delitos praticados na internet”, destacou o delegado Jacson Wutke.

A autoridade policial ainda frisou que “não há espaço para impunidade", ainda que muitos, principalmente os criminosos, possuam essa falsa impressão de que estão sob o manto do anonimato absoluto.

"A Polícia Civil do Tocantins é extremamente preparada, com policiais dedicados à solução dos mais diversos crimes. Estaremos sempre prontos para cumprir a nossa missão, independente da dificuldade ou complexidade das investigações”, enfatizou.

Além do indiciamento, a Polícia Civil do Tocantins busca, junto à Justiça, a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão contra o autor, especialmente a proibição absoluta de acesso à internet por qualquer meio, incluindo redes sociais e aplicativos de mensagens instantâneas.

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