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07/10/2022 - 11h10m

DESDE O 9 ANOS

Mãe de criança abusada sexualmente pelo padrasto em Barrolândia é indiciada por saber do estupro e não denunciar

Redação

Criança tem 12 anos e era abusada desde os 9 anos. O responsável pelos estupros era companheiro da mãe, padrasto da vítima.

Delegacia de Barrolândia (Foto: Divulgação)

A 65ª Delegacia de Barrolândia concluiu nesta quinta-feira (06/10) o inquérito que apurava a possível prática de um crime de estupro de vulnerável contra uma menina de 12 anos e indiciou o padrasto e a mãe da vítima, pela prática do referido crime.

Sob o comando do delegado-chefe da 65ª DP, José Antônio da Silva, as investigações foram iniciadas após a Polícia Civil tomar conhecimento de que um homem, de 36 anos, estaria abusando sexualmente da própria enteada com o consentimento da mãe da menina, uma mulher de 42 anos.

Segundo o delegado José Antônio, as investigações apontaram que a adolescente de 12 anos foi abusada sexualmente pelo padrasto por diversas vezes, inclusive, quando contava com apenas nove anos de idade, e a mãe mesmo tendo tomado conhecimento dos fatos, não o denunciou e ainda fez um vídeo entrevistando a vítima que relatou os abusos.

Por não acreditar na criança, a mulher deixou de denunciar, e mesmo de afastá-la da ação criminosa do autor quando tinha o dever legal de agir na defesa da criança. Por isso irá responder como coautora do crime de estupro de vulnerável”, explicou o delegado.

Com o aprofundamento das investigações, a PC recebeu os laudos periciais que comprovaram os abusos sofridos pela adolescente, sendo que o autor confessou a prática do crime. Dessa forma, o inquérito policial foi finalizado e remetido ao Poder Judiciário e Ministério Público para adoção de providências legais cabíveis.

Para o delegado José Antônio, a conclusão do inquérito policial com o indiciamento do casal coloca um ponto final em uma trajetória de abusos pela qual passou a criança e também de omissões de sua mãe. 

“Trata-se de um caso chocante que estava ocorrendo com a menina e sendo praticado por pessoas que tinham a obrigação de protegê-la, mas não o fizeram”, enfatizou o delegado.

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