POLÊMICA
Uma investigação foi aberta pelo Ministério Público para apurar a contratação da empresa Sancil Sanantonio, sem licitação, em agosto deste ano. A empresa foi contratada para atender 13 hospitais e seria responsável por despejar quase 200 toneladas de lixo hospitalar em um galpão do distrito agroindustrial de Araguaína. A empresa é ligada a família do deputado Olyntho Neto (PSDB), ex-líder do governo na Assembleia Legislativa. O caso também está sendo investigado pela Polícia Civil e pelo Tribunal de Contas Estadual.
Segundo a portaria assinada pelo promotor Adriano Neves, o inquérito civil público vai investigar a relação da empresa com o ex-juiz eleitoral e advogado João Olinto, pai do deputado Olyntho Neto. "Considerando que tal quadro retratação poderá, em tese, configurar ato de improbidade administrativa", diz trecho do documento.
A Secretaria Estadual de Saúde disse que contratou a empresa em caráter emergencial, sem licitação. Seriam pagos R$ 557 mil por mês, mais de R$ 6 milhões por ano, pelo serviço. Porém, durante entrevista, o secretário Renato Jayme reconheceu que a empresa não tinha capacidade técnica para o trabalho.
Além disso, um relatório feito pelos hospitais demonstrou diversas falhas no serviço prestado pela empresa. O lixo que estava depositado no galpão irregular terminou de ser retirado nesta terça-feira (20).
O galpão onde os resíduos foram deixados foi ligado a empresas do deputado Olyntho Neto. Além disso, a Sancil Sanantonio seria do pai dele, o ex-juiz eleitoral e advogado João Olinto, segundo a Polícia Civil. O deputado negou envolvimento no caso.
João Olinto e duas sócias da empresa tiveram a prisão decretada e são considerados foragidos.
Após toda a polêmica, o governo do estado suspendeu e depois cancelou o contrato com a Sancil. Além disso, o Tribunal de Contas do Estado determinou que nenhum pagamento seja feito para a firma do ex-juiz eleitoral e advogado.