CIDADANIA E JUSTIÇA
O Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju), trabalha para combater os altos índices de violência contra a mulher, através do envolvimento de diferentes setores da pasta, promovendo ações de conscientização em busca da erradicação desse tipo de abuso. Dentro disso, foi realizado nesta quarta-feira, 15, mais um módulo do projeto Circuito Integrado de Atenção ao Agressor (Ciagre), desenvolvido pela Central de Penas Alternativas (Cepema) de Porto Nacional, que é vinculada ao Sistema Penitenciário e Prisional do Tocantins.
O projeto tem o intuito de promover momentos de reflexão para homens que cometeram algum tipo de violência doméstica ou familiar e assim gerar uma mudança de comportamento e evitar a reincidência das agressões. O Circuito é composto por módulos, esse foi o quarto módulo que tratou sobre gênero e violência contra mulher e foi ministrado pela Gerência de Políticas e Proteção às Mulheres da Diretoria de Direitos Humanos da Seciju. Durante a ação foram abordadas informações acerca das principais causas da violência e sobre os tipos que estão descritos na Lei Maria da Penha.
Para a gerente de Políticas e Proteção às Mulheres, Flávia Laís Munhoz, grupos reflexivos como o Circuito Integrado de Atenção ao Agressor são fundamentais para reabilitação dos agressores e erradicação da violência contra a mulher. “Devido ao alto índice de reincidência e a uma demanda crescente da violência contra a mulher, esses grupos possuem grande importância, visto que é uma maneira de ressocialização desses agressores com a desconstrução do machismo, uma forma de fazê-los sair do ciclo negativo do contexto da violência”, enfatizou.
Circuito Integrado
Desenvolvido pela Cepema de Porto Nacional, o Circuito Integrado de Atenção ao Agressor (Ciagre) tem objetivo de contribuir para o processo de ressocialização de homens que cometeram violência doméstica e estão em cumprimento de medidas alternativas, em regime aberto ou egressos. O projeto é realizado por meio de grupos reflexivos e é feito em seis módulos, sendo esses: Violência e Sociedade; Saúde e Sanidade Mental; Alcoolismo e Drogas; Gênero e Violência Contra a Mulher; Trabalho e Responsabilidade Social; e Família e Afetividade.
O coordenador da Cepema de Porto Nacional e idealizador do projeto, Oseias Costa Rego, informa que os módulos são realizados mensalmente. “A participação no circuito é parte da pena dos agressores. Em cada mês uma temática diferente é abordada com o objetivo de conscientizar os participantes, a fim de evitar a reincidência do crime e assim proteger as mulheres que já sofreram algum tipo de violência”, explicou.