SAÚDE
Em 14 dos 25 municÃpios do Bico do Papagaio, um coquetel que mistura de 27 agrotóxicos foi encontrado na água usada para o consumo humano. O Tocantins junto com São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul estão entre os estados com maior número de cidades com a presença maior de pesticidas entre as localizadas testadas. Em todo o estado, 121 municÃpios estão na lista.
Palmas, inclusive, está entre as capitais com contaminação múltipla dos pesticidas, junto com São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, Manaus, Curitiba, Porto Alegre, Campo Grande, Cuiabá e Florianópolis. Entretanto, conforme os dados da pesquisa, nenhum dos agrotóxicos detectados está acima dos limites brasileiros ou europeus preconizados na capital tocantinense.
O coquetel está em um a cada quatro cidades do Brasil, conforme análises realizadas entre 2014 e 2017. No perÃodo, as empresas de abastecimento de 1.396 municÃpios testados detectaram todos os 27 pesticidas que são obrigados por lei a serem testados.
Os dados obtidos e tratados em investigação conjunta da Repórter Brasil/Agência Pública e a organização suÃça Public Eye são do Ministério da Saúde, e fazem parte do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Ãgua para Consumo Humano (Sisagua).
Bico do Papagaio
Os 14 municÃpios que têm mistura de 27 agrotóxicos na água, são: Aguiarnópolis, Augustinópolis, Buriti do Tocantins, Carrasco Bonito, Esperantina, Luzinópolis, Nazaré, Palmeiras do Tocantins, Praia Norte, Riachinho, Santa Terezinha do Tocantins, São Miguel do Tocantins, São Sebastião do Tocantins e Tocantinópolis.
Agrotóxicos
Conforme a pesquisa, do total de agrotóxicos, alguns deles são classificados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como extremamente ou altamente tóxicos e ainda estão associados ao desenvolvimento de doenças crônicas como câncer, malformação fetal, disfunções hormonais e reprodutivas.
Os números também revelam que a contaminação da água está aumentando ao longo dos anos. Em 2014, 75% dos testes detectaram agrotóxicos, já no ano seguinte eram 84%, e em 2016 chegou a 88% em 201. No último ano da pesquisa, em 2017 o número era de 92%.
As informações são do Por trás do Alimento produzido pela Agência Pública/Repórter Brasil.