Facebook
09/05/2023 - 14h38m

OPERAÇÃO DESCONSTRUÇÃO

Polícia Civil faz buscas em construtora de Araguaína suspeita de fraudar documentos de obras para receber valores de financiamentos

Por Bico 24 Horas

Casa do proprietário também foi alvo da Operação ‘Desconstrução’. Engenheiros e funcionários foram proibidos de entrar em instituição bancária. Prejuízo aos clientes pode passar de R$ 5 milhões.

Milhares de documentos da construtora de Araguaína foram apreendidos pela Polícia Civil (Foto: Dicom/SSP-TO)

Uma operação que investiga supostas fraudes de uma construtora contra clientes levou a Polícia Civil a deflagrar a Operação ‘Desconstrução’ nesta segunda-feira (8), em Araguaína. Foram cumpridos mandados de busca e investigação do proprietário, três engenheiros e um funcionário da empresa, que teriam fraudado documentos para receber valores de financiamentos bancários.

Segundo o inquérito da Polícia Civil, além dos mandados cumpridos na construtora, que não teve o nome divulgado, os agentes também estiveram na casa do proprietário e da ex-secretária, que era considerada o braço direito. O prejuízo aos clientes pode passar de R$ 5 milhões.

Os crimes aconteciam após a contratação da empresa por clientes interessados em construir casas. Eles eram orientados a fazer uma assinatura eletrônica, para ser usada no recolhimento de impostos junto à previdência e no serviço digital da Receita Federal. Com essa assinatura, a empresa conseguia assinar as chamadas Planilhas de Levantamento de Serviço (PLS), que segundo a polícia, faziam parte dos documentos que atestavam a evolução na obra.

As vistorias ficam por conta do cliente, mas como a empresa tinha a assinatura eletrônica, atestavam como se o serviço estivesse concluído em determinada etapa sem avisar as vítimas. Mas conforme a investigação, na realidade, obras ainda no reboco apareciam como se estivessem com acabamentos e até pintura.

Os valores dos financiamentos eram liberados e depositados nas contas dos clientes, estes sem saber o que estava acontecendo, transferiram para a conta bancária da empresa que se apropriou dos valores, não os empregando nas obras”, explicou o delegado Luís Gonzaga, responsável pela investigação.

Na sede da empresa, em Araguaína, os agentes apreenderam computadores e diversos documentos, que vão passar por perícia.

Três engenheiros e um funcionário da construtora também terão que obedecer medidas cautelares e não podem entrar nos prédios administrativos da instituição financeira; estão proibidos de manter contato com as vítimas, testemunhas e demais investigados, são obrigados a comparecerem em juízo todas as vezes que forem intimados para atos do inquérito, entre outras determinações.

A polícia acredita que a construtora deve ter conseguido muito mais que os R$ 5 milhões apurados até o momento, se forem localizadas mais vítimas.

Deixe seu comentário:

BRK Campanha: Sites Tocantins 2024 - JULHO1ClésioAvecomGPS