JÚLIO OLIVEIRA
Em sessão extraordinária os suplentes de vereadores de Augustinópolis, empossados por decisão judicial do Tribunal de Justiça (TJTO) de dezembro do ano passado, cassaram o mandato do prefeito Julio da Silva Oliveira (Republicanos), mas ele estaria se recusando a entregar o cargo para o vice, Vanderlei Arruda, de acordo com o presidente Cícero Moutinho (PL). "Ele está tendo resistência em entregar o cargo. Talvez teremos que usar a força policial", disse por telefone o vereador que presidiu a sessão extra na segunda-feira, 10, mas pediu para registar seu voto como ausente durante a votação.
Nove vereadores responderam com um sim e um votou não à pergunta se o prefeito cometeu infração político-administrativa ao comprar apoio político dos vereadores (os titulares) feita no processo de cassação originado a partir da denúncia de Deijan Ferreira de Vasconcelos, que é assessor legislativo da Câmara Municipal.
O vice-prefeito Vanderlei Arruda (PV) mesmo tendo sido empossado ainda não assumiu fisicamente a prefeitura. “Foi feito todo o procedimento legal na Câmara e a Câmara cassou o prefeito, mas ele ainda não saiu da Prefeitura”, afirma, por telefone.
Segundo Arruda, o uso de força policial depende de determinação da Justiça, mas por precaução, pediu o bloqueio das contas do município direto banco. “Só juntei todos os atos da Câmara [que cassaram o prefeito] e levei ao banco”.
Já em nota, ele divulgou que a medida faz parte "das obrigações legais do atual prefeito, que todas as obrigações serão cumpridas e que nenhum serviço público será prejudicado em decorrência da transição de mandato".