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11/02/2020 - 16h37m

TOCANTINS

Profissionais de Saúde buscam incentivar a vacinação do HPV no Estado

Redação

Tocantins tem baixa procura pelas doses de vacina contra o HPV

O Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), está mobilizando diversos setores da pasta, municípios e seus profissionais de saúde na busca de solução para ampliar a cobertura da vacinação contra o Papilomavírus Humano (HPV). Os dados são preocupantes, em 2019, o Estado imunizou apenas 37,7% dos meninos de 11 a 14 anos e 47,9% das meninas na faixa etária de 9 a 14 anos, sendo que a meta do Estado era imunizar 80% do público-alvo.

O cirurgião oncológico, Ricardo Rodrigues Souza, é enfático, “a vacina contra o HPV previne o câncer; o câncer do colo de útero é o mais comum no Tocantins e o terceiro mais comum no Brasil. Infelizmente, estamos tratando de casos mais avançados que têm um custo muito alto, quando poderíamos prevenir e tratar casos em fase inicial ou chegar ao ponto não ter mais casos de câncer de colo de útero. O câncer do colo de útero é uma doença que tem prevenção com a aplicação das duas doses da vacina contra o HPV e a realização dos exames de papanicolau, que podem indicar uma lesão em fase inicial com grandes chances de tratamento e cura”, afirma.

O médico ressalta ainda que a vacinação é uma forma de prevenção de doenças, a vacina do HPV não irá incentivar as crianças e os jovens a realizarem relações sexuais, ela irá apenas prevenir uma doença sexualmente transmissível. “Há vários mitos e fake news sobre esse assunto, e nós, profissionais de saúde, devemos desmistificar isso. Temos outras vacinas no calendário básico que previnem doenças sexualmente transmissíveis como a Hepatite B, a intenção do setor de saúde é a prevenção de doenças”.

A gerente de Imunização da SES, Elaine Dias da Silva, informa que a vacina para rotina contra o HPV está disponível nas Unidades Básicas de Saúde do Estado e “é a medida mais eficaz para prevenção contra a infecção. A vacina é distribuída gratuitamente pelo SUS e é indicada para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, com o esquema de duas doses para ambos os sexos com intervalo de seis meses após a primeira dose”.

Com baixos índices de vacinação em todo o Estado, profissionais de saúde buscam soluções para ampliar vacinação contra o HPV

 Parceiros

Elaine Dias lembra ainda que, devido à baixa procura, a Gerência de Imunização, em parceria com outras áreas da saúde e demais órgãos envolvidos como a Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes, irá realizar reuniões e webconferências com os municípios e as diretorias de ensino para incentivar e até liberar a vacinação das crianças nas escolas. “Estamos buscando a parceria da educação para facilitar o acesso das famílias à vacina. Iremos trabalhar todas as estratégias possíveis para ampliar esta cobertura”, explica.

Segundo o Ministério da Saúde, “além do câncer de colo de útero, o HPV pode provocar os cânceres de garganta e boca, que são o 6º tipo de câncer no mundo, e mais de 90% dos casos de cânceres anal e orofaringe são atribuíveis à infecção pelo vírus”.

Esquema de vacinação

O Ministério da Saúde preconiza que meninos e meninas tomem duas doses da vacina, com intervalo de seis meses entre elas. Para as pessoas com HIV, são três doses com intervalo de 0, 2 e 6 meses e estes devem apresentar prescrição médica.

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