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27/11/2015 - 14h18m

Programa Arqueológico da Unitins inicia trabalhos nos municípios de Darcinópolis e Aguiarnópolis

Redação

O Núcleo Tocantinense de Arqueologia (Nuta) da Fundação Universidade do Tocantins (Unitins), responsável pelo levantamento, monitoramento e resgate do patrimônio arqueológico e histórico cultural na abrangência da Ferrovia Norte-Sul no Estado, através do Programa Saltfens, catalogou 69.697 peças de sítios arqueológicos ao longo de mais de dez anos de trabalho. São machados, facas, pontas de flechas e urnas funerárias que permitirão aos pesquisadores entender sobre o processo de ocupação e humanização na região pesquisada.

A coordenadora do Nuta, Antônia Custódia Pedreira, explica que é por meio desses vestígios de líticos e cerâmicos que se entenderá o passado. Com a pesquisa de campo concluída, o próximo passo do técnico e arqueólogo que trabalham no projeto é concluir as análises das peças e cadastro dos sítios arqueológicos localizados.

A previsão é de que os relatórios sejam entregues ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) até o mês de janeiro. As peças pertencem à União e estão sob a salva-guarda da Unitins.

Contrato

O Programa Saltfens foi um plano de trabalho firmado através de convênio científico entre Engenharia, Construção e Ferrovia S/A - Valec, Instituto de Arqueologia Brasileira (IAB) e Unitins, por intermédio do Nuta, de Porto Nacional.

A fase inicial dos trabalhos da primeira etapa aconteceu com o levantamento do potencial arqueológico no trecho compreendido entre os municípios de Darcinópolis a Aguiarnópolis, no Tocantins, em cumprimento da Lei 3924 de julho de 1964 e Portaria nº 54 de Autorização de Pesquisa do Iphan, de 24 de outubro de 2000.

O monitoramento arqueológico se constituiu na segunda fase dos trabalhos propostos, com o acompanhamento de todas as atividades de implantação da linha férrea e verificação dos locais em que as obras da ferrovia retirassem a cobertura vegetal e as camadas de solo.

A quarta e última etapa é a pesquisa no trecho entre Gurupi e Talismã, no Sul do Estado, que ainda falta concluir. A coordenadora do Nuta explicou que os impactos diretos dizem respeito ao traçado por onde passa a ferrovia, enquanto os indiretos correspondem ao entorno, de onde se retiraram material para aterros, construção de plataformas, dentre outras obras.

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