O programa Brasil Alfabetizado encerrou mais uma etapa de formação de jovens e adultos em Tocantinópolis. Nesta quinta-feira, 12, oitenta alunos que participaram da etapa de 2014 receberam seus diplomas, em solenidade de formatura no auditório da Delegacia Regional de Ensino.
O programa atendeu em Tocantinópolis 12 turmas nas aldeias, uma na vila de pescadores, sete turmas em assentamentos, nove nos povoados, duas nas unidades prisionais e 29 na zona urbana. Foram oito meses de aulas e carga horária de 320 horas.
Um dos formandos, Afonso dos Santos Miranda, 66 anos, que nasceu no Piauà e está no Tocantins há 5 anos, somente agora teve a oportunidade de voltar a estudar. “Estava passando por muitas dificuldades, como usar um caixa eletrônico, porque tudo mudou e depois que surgiu o computador senti a necessidade de estudarâ€, disse.
A professora Maria da Consolação Nunes Costa Maciel (professora Consola), ministrou o curso de alfabetização para 18 alunos no CRAS (Centro de Referência e Assistência Social). Para ela, a maior felicidade é presenciar alguém aprendendo a ler. “Gosto muito de alfabetizar, me emociono com as histórias dos alunos e com os seus avançosâ€, frisou.
Outra aluna alfabetizada foi Maria das Graças dos Santos, 64 anos, que enfrentou uma depressão depois da morte do esposo. “Eu tomava remédio controlado, a escola me ajudou muito na convivência, a ser mais feliz e gostar da vida. Eu tinha estudado no Mobral, mas aprendi pouco, agora estou lendo melhor e ocupo o tempo com a BÃbliaâ€, explicou Maria das Graças.
Divino Mariozan, superintendente de Desenvolvimento da Educação, que participou da solenidade, enfatizou a importância de mais pessoas serem alfabetizadas. “Essas pessoas têm a experiência de vida, agora com a leitura serão seres humanos mais realizados, mas é bom lembrar que sempre temos que buscar o conhecimento em todas as fases da vidaâ€.
Luciana Gomes, diretora das Escolas de Tempo Integral, falou da emoção das pessoas que depois de adultos, em alguns casos, de aposentados, conseguiram ler e escrever. “É um momento de satisfação, por ver a força de vontade dos alunos em freqüentar a escola mesmo com as dificuldades de cada um, afirmou Luciana.