IFTO
Unidades prisionais de Palmas e Araguatins receberam a parceria do Instituto Federal do Tocantins (IFTO), por meio do projeto de extensão, desenvolvido pelo professor Alcides Cordeiro, conhecido como Cidinho, do Campus Araguatins, que consiste no cultivo de hortaliças que vão proporcionar trabalho e aprendizagem aos reeducandos e reeducandas. A parceria visa oferecer possibilidades de ressocialização e remição de pena em regime fechado, além de proporcionar condições de subsistências aos familiares.
De acordo com o professor, o projeto consiste na aplicação de teorias pscicopedágogicas e filosóficas e no repasse de conteúdos específicos para o cultivo das culturas. São ensinadas técnicas de preparação do solo, controle de acidez, topografia do terreno, sistemas de irrigação, teorias sobre as culturas em canteiros, covas e camalhões.
Na unidade prisional de Araguatins já são cultivados tomates, pimentões, beringelas e pimentas. Também são cultivados nos canteiros alface, coentro e cebolina, além de couve, abóbora de moita e, ainda, uma área reservada para o plantio de mandioca. Também na unidade existe um galpão destinado a criação de aves do tipo frango caipirão.
Todos os alimentos são doados para entidades beneficentes locais, para o consumo das famílias dos reeducandos ou comercializados para o consumo na unidade prisional e reposição de insumos do próprio projeto.
Em Palmas, o projeto deu início com orientações sobre com o cultivo de hortaliças, como alface, tomate, pimenta e couve na Unidade Prisional Feminina. O professor Alcides desenvolve o projeto desde fevereiro deste ano em Araguatins e, no mês de setembro, iniciou as atividades em Palmas. Para o técnico em Agropecuária, o trabalho realizado proporciona, entre outros benefícios, a melhoria do comportamento dos reeducandos. O professor ressaltou o apoio do IFTO no desenvolvimento das atividades. "Quero agradecer ao reitor pela excelente recepção, pela preocupação com o nosso trabalho, à sua chefia de gabinete, na pessoa do Milton. Do Campus Araguatins, ao professor Cláudio Galvão, ao professor Josafá, ao ex-diretor Décio, ao Francisco (Juninho), que deram grande ênfase a esse importante projeto", declarou. Emocionado com o resultado, o professor homenageou, em um agradecimento especial, ao seu pai Alcides Cordeiro. "Dedico todo esse meu trabalho com muito amor ao meu pai", disse.
Segundo o professor, outras unidades prisionais de Palmas já o convidaram para aplicar o projeto.