Sistema público que organiza, de forma descentralizada, os serviços socioassistenciais no Brasil. Este é o Sistema Único de Assistência Social (Suas). Com um modelo de gestão participativa, ele articula os esforços e recursos dos três nÃveis de governo para a execução e o financiamento da PolÃtica Nacional de Assistência Social (PNAS), envolvendo diretamente as estruturas e marcos regulatórios nacionais, estaduais, municipais e do Distrito Federal. Para fortalecer este Sistema, trabalhadores que ocupam cargos de nÃvel médio e fundamental, representantes de cada Estado da região Norte, estão reunidos em Palmas no Encontro Regional dos Trabalhadores do Suas, organizado pela Secretaria de Estado do Trabalho e Assistência Social (Setas) e Ministério do Desenvolvimento Social (MDS).
O Encontro reúne representantes do Tocantins, Acre, Rondônia, Amazonas, Roraima, Amapá e Pará. Para José Crus, coordenador-geral do Suas da Secretaria Nacional de Assistência Social do MDS, a regionalização dos encontros é importante para diagnosticar as especificidades de cada Estado. “A região Norte tem o fator amazônico, nós temos aqui nessa região um grande número de famÃlias que vivenciam em comunidade ribeirinhas, quilombolas, indÃgenas. Essa região tem sua particularidade, e isso está aparecendo nos debates desses trabalhadores. A estratégia regional é para que possamos não tratar o Brasil como igualâ€, salientou o coordenador do MDS.
Oficinas
Katilvânia Sousa Guedes, técnica de referência da Gestão do Trabalho da Setas explica que com as oficinas promovidas no encontro os trabalhadores podem discutir formas de aperfeiçoar os serviços executados na rede socioassistencial. “Esses profissionais precisam reconhecer que eles também são fundamentais. O trabalho é de igual importância para a execução do Suas, são eles que operacionalizamâ€, pontuou a técnica.
De Belém do Pará, a trabalhadora de nÃvel médio, Selma Chaves, conta que é importante aos usuários do Suas entenderem o que é o trabalho desenvolvido pela Assistência Social. “A assistência é algo preventivo, quando a gente não consegue prevenir se torna um grande entrave para a execução do nosso trabalho, porque as pessoas querem de imediato. E ela não é imediata, é um trabalho homeopático, de conquistas. Quando as pessoas não pensam dessa maneira fica muito complicadoâ€, ressaltou Selma.
Cristiano Henrique Fernandes, de Palmas, aproveitou as oficinas para dividir experiências com trabalhadores que exercem o mesmo trabalho que o dele em outros Estados. “Existe o histórico de uma certa desqualificação por parte do próprio servidor e essa é um oportunidade de buscar essa qualificação em todos os nÃveisâ€, salientou.