MILITAR
O 2° sargento Melo é policial militar em São Miguel do Tocantins e ficou angustiado ao saber que cidade do filho estava sendo bombardeada por tropas russas. Jogador maranhense Wanderson Cavalcante reencontrou o pai na tarde desta terça-feira (1º).
Um policial militar do Tocantins viveu momentos de apreensão pelo filho que mora na Ucrânia, país em guerra. O 2° sargento Antônio Gregório Melo Neto é pai do jogador de futebol Wanderson Cavalcante, conhecido como 'Wanderson Maranhão', que precisou fugir do país em meio ao bombardeio. PM há 28 anos, o militar diz que, se existisse a possibilidade, iria para o país para que o filho ficasse seguro.
"Se pudesse eu trocaria de lugar com ele sem pensar duas vezes, sem dúvida nenhuma. Se tivesse a opção eu iria com certeza. Ele é um garoto jovem, sem experiência. Eu tenho certeza que me adaptaria melhor naquele ambiente. Fiquei muito angustiado", disse sobre a vontade de defender o filho.
A família é do Maranhão, mas o policial pertence ao 9º Batalhão da PM e atua em São Miguel do Tocantins. O filho do militar, o jogador Wanderson Cavalcante, morava há um mês na Ucrânia e estava há uma semana em Odessa, uma das cidades que foi bombardeada por tropas da Rússia.
O jogador, que atua como meia no time ucraniano Chronomorts Odessa, iniciou uma fuga do país na madrugada deste sábado (26) (horário local da Ucrânia) e chegou à Chisnau, capital da Moldávia, país que faz fronteira com a Ucrânia, no mesmo dia.
O policial do Tocantins diz que por várias vezes teve medo do filho ser atingido.
"Quando a gente tomou conhecimento que a Ucrânia tinha sido invadida foi muito angustiante para a gente. Saber que ele corria risco de vida. Foi um momento tenso. O segundo momento que preocupou foi quando ele saiu de Odessa. Nós não sabíamos o que ele poderia encontrar no trajeto. Ser atacado ou barrado na fronteira por algum motivo", disse o sargento Melo.
Ele fica aliviado, já que a espera angustiante chegou ao fim. O jovem retornou ao Brasil nesta segunda-feira (28) e chegou em Imperatriz (MA) nesta terça (1º).
"Estavámos sempre em contato e ele falando que estava tudo bem, mas só alivou de verdade quando ele atravessou a fronteira e ficou fora de risco. Ontem chegou em São Paulo e agora toda a família esperava por ele no Maranhão", contou o sargento.
O pai diz que está feliz pelo filho ter saído da área em guerra, mas teme pelas outras vidas.
"É um sentiomento misto. Alegria do nosso filho estar voltando para casa, mas somos solidários com o sentimento dos moradores que estão vivencianado essa situação. Até os civis estão lutando pelo país", afirmou o policial.
Guerra na Ucrânia
A guerra na Ucrânia completou seis dias nesta terça-feira (1º). Este é o maior ataque de um país contra outro desde a Segunda Guerra Mundial, há 80 anos. O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse que em cinco dias o país foi atacado com 56 foguetes e 113 mísseis de cruzeiro. Conforme o governo ucraniano 352 civis morreram, inclusive crianças.