FUTEBOL
O jogo de volta das semifinais do Tocantinense Sub-19 entre Tocantinópolis x Sparta foi realizado sem maca e ambulância, conforme informou o Tocantinópolis - clube visitante. O jogo foi no último sábado (2), no estádio Mirandão, em Araguaína.
No início do segundo tempo da partida veio a necessidade dos serviços de assistência: em arrancada de um dos atacantes do Sparta, o goleiro Nelison (Tocantinópolis), sai do gol e divide a bola com o atacante, ambos ficam no chão - o goleiro é expulso, mas fica no gramado sentindo o joelho. Três minutos no chão, nada de maca e ambulância, é aí que entra o goleiro reserva Gleison para retirar o companheiro nas costas.
- Ele machucou feio o joelho e ficou caído no campo durante três minutos. Não sei se o árbitro pensou que ele estava segurando o jogo. Sei que o goleiro reserva nosso entrou, pegou ele nas costas e botou para fora do campo. Aí aos 39, ou 40 do segundo tempo, nosso meia Felipinho sentiu a perna e caiu, aí foi obrigado eu mesmo presidente tirar ele do campo porque não dava conta de andar e não tinha maca, e o menino gritando de dor. Devia ter assistência no estádio e não tinha.
- No fim do jogo, o Cris, em um lance lá ele levou uma entrada forte. A gente pensou que teria quebrado a pena dele. E se ele tivesse quebrado a perna como seria o socorro? Será que ia para o hospital nos carros que estavam lá? E outra, o estádio Mirandão está em reformas e devia ter sido com portões fechados a partida. Havia muita gente lá vendo o jogo, sei que isso não vem ao caso - explicou Vagner Novais, presidente do Tocantinópolis.
- A arbitragem não deveria ter permitido o jogo, mas teve o jogo sem maca e ambulância. Principalmente ambulância. O campeonato é de atletas nascidos entre 2000 e 2004, ou seja, pode ser inscrito atletas menores. Mas para eles serem inscritos precisam de autorização dos pais, quando eles [pais] autorizam, a responsabilidade é do clube, portanto, eu errei em ter deixado o Tocantinópolis jogar sem ter ambulância no estádio, porque qualquer problema ia sobrar para o Tocantinópolis - disse Vagner Novais.
A reportagem procurou o Sparta, time mandante da partida. Segundo o técnico da equipe e diretor de futebol, Fernando Brasília, foram feitas solicitações para a Prefeitura de Araguaína.
- Foi enviado ofícios para Prefeitura de Araguaína [pedindo ambulância] e também para Polícia Militar. Agora a gente tinha maca, o jogador que pegou outro lá, mas tinha maca no jogo sim. Lá também tinha uma enfermeira, mãe de um dos jogadores do Sparta, ela estava presente e à disposição - informou Brasília.
A Federação Tocantinense de Futebol (FTF) informou que na base a ambulância não é obrigatória. E a questão da maca é por conta do clube mandante, caso não tenha maca, o árbitro deve informar em súmula e o clube poderá ser punido.
A reportagem procurou a Prefeitura de Araguaína e aguarda um retorno.
A Polícia Militar informou que se tiver ofício, eles comparecem no evento. O Sparta disse que fez o ofício. A reportagem solicitou cópias dos ofícios e aguarda.