MORAVA NO CANADÃ
A Polícia Civil esteve cumprindo mandados de intimação, busca e apreensão na manhã desta quinta-feira (31) pela segunda fase da operação Espectro II, que investiga supostos funcionários fantasmas na Assembleia Legislativa do Tocantins. Entre os servidores investigados, está um caso apurado na fase anterior da operação, de um homem que morava no Canadá e estava vinculado ao gabinete do deputado Amélio Cayres (SD), recebendo normalmente como assessor parlamentar.
"Esse servidor estava vinculado diretamente ao gabinete do deputado Amélio Cayres. E não foi um ou dois, foram mais de seis anos nesse modus operandi de estar no exterior recebendo pela Assembleia sem qualquer tipo de licença e vinculado a gabinete de deputado", explicou o delegado Guilherme Rocha.
Esse funcionário teria morado no Canadá por dez anos, sempre recebendo o salário de R$ 20 mil. Ele ficou oito anos ligado ao gabinete do deputado Amélio Cayres (SD) e recebeu mais de R$ 500 mil sem aparecer na Assembleia.
Ainda conforme o delegado Guilherme Rocha, os deputados não são investigados neste momento. "Conforme a coleta de provas e o aprofundamento das investigações verificaremos se terceiros se beneficiaram com esse esquema. Certamente há possibilidade, conforme a coleta de provas, de chegar a pessoas próximas ou até aos deputados."