Facebook
06/11/2020 - 18h47m

HOMICÍDIO

Suspeito de matar pescador em Caseara com disparo de arma de fogo no tórax é preso no estado de Goiás

Redação

Homem estava foragido desde a época em que a Polícia Civil do Tocantins havia deflagrado a Operação Óbulo de Caronte.

Suspeito de homicídio qualificado contra um pescador em Caseara foi preso pela Polícia Civil no estado de Goiás

Um homem de 47 anos de idade, que estava foragido do Tocantins pelo crime de homicídio qualificado, foi encontrado e capturado em Nerópolis-GO, pela Delegacia de Investigação de Homicídios da Polícia Civil do Estado de Goiás, no início da tarde desta quinta-feira, 5. O homem é suspeito de ter praticado homicídio qualificado contra um pescador no final de junho deste ano, às margens do Lago Casé, em Caseara. O investigado evadiu-se da cidade logo após a Polícia Civil do Tocantins constatar, por meio de investigação, ser ele o principal suspeito do crime.

Em julho deste ano, a Polícia Civil do Tocantins, por meio da 54ª Delegacia de Polícia de Caseara, havia deflagrado a Operação Óbulo de Caronte para elucidar o caso. Na data da Operação, três mandados de busca e apreensão foram cumpridos e uma pessoa que, em tese, prestou auxílio material no planejamento e consumação do delito, foi presa preventivamente. Todavia, o suspeito já estava foragido.

Após o cruzamento de informações e da mobilização entre Polícia Civil do Tocantins, do Goiás e da Força Nacional, o homem foi localizado na residência de uma pessoa de sua família na cidade de Nerópolis–GO. O investigado foi preso preventivamente e, após os procedimentos legais cabíveis, foi recolhido à Casa de Prisão Provisória (CPP) de Aparecida-GO, onde aguardará o recambiamento para o Tocantins.

O caso

Segundo o delegado-chefe da 54ª DPC – Caseara, Antônio Onofre, o homicídio ocorreu às margem do lago do Casé, próximo a residência da vítima. O suspeito da autoria do crime teria planejado e executado uma emboscada, efetuando um disparo de arma de fogo no tórax da vítima, que, apesar de ser socorrido no hospital da cidade, faleceu minutos depois.

O Delegado informou que no dia em que ocorreu o crime, o suspeito e o suposto partícipe se apresentaram, espontaneamente, na 9ª Central de Atendimento da Polícia Civil (Paraíso do Tocantins) e negaram envolvimento no fato, alegando possuírem um álibi que confirmava a versão deles, sendo liberados. Contudo, após investigações da 54ª DPC – Caseara, foi comprovado que o álibi apresentado era falso. A motivação do crime, conforme o Delegado, seria uma disputa por terras ricas em madeira e propícias à extração ilegal no Pará.

O Delegado ressalta que a operação foi resultado de trabalho investigativo técnico-científico, por meio de elementos de informação, evidências, provas e laudos periciais, que deram conta de apontar as conclusões até o momento obtidas.

A operação

A operação Óbulo de Caronte contou com o apoio da 6ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC - Paraíso do Tocantins) e da 5ª Delegacia Regional de Polícia Civil (DRPC) - Paraíso do Tocantins.

O nome da operação se deve ao fato de ter sido encontrada, na cavidade oral do cadáver, uma moeda colocada por familiares supersticiosos. Óbulo de Caronte trata-se de um termo de origem grega para retratar o costume de colocar uma moeda dentro ou sobre a boca de uma pessoa assassinada antes do seu sepultamento.

De acordo com a mitologia grega, a moeda, ou óbolo, destina-se a pagar o barqueiro que conduz as almas do mundo dos vivos para o mundo dos mortos, que na mitologia grega é chamado de Caronte. Tradicionalmente, em algumas regiões do Brasil, o costume de colocar moedas na boca dos defuntos é uma superstição para que se evite a fuga do assassino ou para que se revele a autoria do crime.

Deixe seu comentário:

BRK Campanha: Sites Tocantins 2024 - JULHO1ClésioAvecomGPS