Suspeito de se passar por servidor do INSS para enganar idosos é preso pela Polícia Civil em Taguatinga

Homem fez vítimas nos municípios de Taguatinga, Ponte Alta do Bom Jesus e também tem condenação pelo estado de Goiás. Ele foi indiciado por estelionato.

Um homem suspeito de aplicar golpes financeiros contra idosos nos municípios no interior do Tocantins foi preso nesta segunda-feira (3), em Taguatinga, no sudeste do Tocantins. Ele teria se passado por servidor do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) para pegar informações das vítimas e cometer furtos.

Segundo a investigação da Polícia Civil, o estelionatário, de 39 anos, fez vítimas em Taguatinga e Ponte Alta do Bom Jesus. Ele tinha pelo menos 15 números de CPF diferentes e já tinha uma condenação pela Justiça de Goiás em que deveria cumprir pena de 11 anos de prisão por caput associação criminosa e falsificação de documento público.

A equipe descobriu que ele abordava os idosos em casa, se passando por servidor da Previdência Social. Ele pedia para que as vítimas fizessem a prova de vida e solicitava todos os documentos pessoais dos benefícios federais concedidos.

Quando conseguia essa documentação, como cartões e até senhas dos benefícios, ele ia até as agências bancárias de várias cidades, e também em estados diferentes, e fazia transações no nome da pessoa, como empréstimos, adiantamentos, saques e transferências. Além disso, o estelionatário usava todo o limite de crédito do idoso em uma máquina de cartão registrada em seu nome.

Para não ser localizado, segundo a polícia, ele usava nomes diferentes e tinha vários documentos. Ele mudava a grafia, sobrenome e nome da mãe, tudo para dificultar que as autoridades o encontrassem.

Pelo menos 15 números de Cadastro de Pessoa Física (CPF) que tinha já estão cancelados, conforme o delegado Lucas Rodrigues, responsável pelas investigações. Além de fazer vítimas no Tocantins, homem também teria aplicado golpes em Goiás.

O suspeito foi indiciado pela prática do crime de estelionato praticado contra pessoa idosa, por duas vezes, crime que em caso de condenação pode levar a uma pena de cinco anos de reclusão e multa.