Suspeitos de divulgar imagens íntimas das próprias namoradas são identificados no Bico

As vítimas são adolescentes que haviam encaminhado vídeos íntimos aos seus respectivos relacionamentos.

A 2ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher e Vulneráveis (DEAMV) de Augustinópolis realizou diligências no município de Ananás com o fim de identificar os autores de dois crimes de divulgação de imagens de nudez sem o consentimento das vítimas. As diligências ocorrem desde a última terça-feira, 22,  no contexto da Operação Shamar, que tem intensificado as ações de combate a violência contra a mulher.

Os crimes tiveram como vítimas, adolescentes que haviam encaminhado vídeos íntimos aos seus respectivos relacionamentos e estes divulgaram os materiais recebidos, conforme explica a delegada  da DEAMV de Augustinópolis, Daniela Caldas.

“É importante lembrar que não é só a pessoa que tem o relacionamento que deve ser punido, mas todos aqueles que, de alguma forma, compartilham o material. Nestes dois procedimentos mais de 15 pessoas foram ouvidas porque houve várias distribuições, o que gerou  grande constrangimento para as vítimas. O procedimento já está na fase final para que seja remetido à Justiça”, ressaltou.

Ainda nesta quinta-feira, 24, a DEAMV está prestando apoio em Nazaré, efetuando diligências com objetivo de averiguar o cumprimento de medidas de proteção de urgência que foram concedidas no município.

Shamar

A Operação Shamar objetiva combater o feminicídio e as violências doméstica e familiar e segue até o dia 15 de setembro abrangendo todos os 139 municípios. 

Estão previstas para ocorrer durante o período da operação, ações educativas, preventivas, ostensivas e repressivas; ampliação de investigação de crimes de violência doméstica e feminicídio; reforços de efetivo às Delegacias da Mulher (DEAMs) e/ou envio de equipes das DEAMs para atuar em outras localidades, no sentido de promover um atendimento mais célere e especializado; contabilização do volume de procedimentos instaurados e concluídos, bem como prisões em flagrantes, pedidos de medidas protetivas e outros indicadores da violência doméstica contra a mulher no Tocantins.