Esta segunda-feira, 24, é Dia Mundial do Leite. A data foi instituÃda em 2001 pela FAO - setor da ONU, responsável pela agricultura e alimentação, devido a importância do leite na alimentação. No Tocantins, mais de 15 mil propriedades rurais são voltadas a este tipo de produção. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÃstica (IBGE), o Estado produz anualmente 233 milhões litros de leite.
Para fomentar a produção leiteira na região, a Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Seagro) vem investindo em novas tecnologias. Conforme o secretário executivo pasta, Ruiter de Pádua, o trabalho é baseado no melhoramento genético do rebanho para garantir aumento na produção. “Hoje temos 17 mil matrizes inseminadas e queremos produzir mais cinco mil matrizes apenas em 2013â€, explica Ruiter afirmando que a meta é aumentar em três vezes o número de atendimentos anuais, em relação aos anos anteriores.
Melhoramento genético
Um dos projetos que visam o melhoramento da produção de leite no Estado é o Ação de Melhoramento Genético do Rebanho, que apresenta aos produtores que querem investir na área quais procedimentos devem ser adotados.
O projeto iniciou em 2008 e já atendeu 328 produtores, protocolando 17 mil matrizes em 43 municÃpios tocantinenses. O trabalho é realizado por meio do laboratório móvel de reprodução animal com a finalidade de multiplicação de caracteres desejáveis como a produção de leite, através de animais melhorados geneticamente. As atividades de campo envolvem as seguintes etapas: sensibilização e mobilização de produtores, seleção de propriedades e matrizes, aplicação da técnica e verificação de resultados.
De acordo com o secretário executivo, a Seagro custeia o laboratório móvel de melhoramento genético e os técnicos realizam as inseminações. “Os produtores ficam responsáveis pelo exame de brucelose e pela aquisição do sêmenâ€, explica.
Quanto aos custos da inseminação, estes giram em torno de R$ 30 por cabeça, valor estabelecido devido à disponibilização dos hormônios e técnicos pela Seagro, o que facilita o investimento do produtor em tecnologia. “A nossa produção ainda precisa melhorar e dessa forma estamos investindo para conseguirmos alcançar um rebanho realmente significativoâ€, acrescenta Ruiter.
Para participar do projeto o produtor deve entrar em contato com a Seagro ou com Ruraltins e apresentar comprovantes de vacinação do rebanho e de exames. Além de mencionar o peso, a idade das matrizes e informar sobre a questão sanitária e nutricional do rebanho.
Balde Cheio
Visando proporcionar auxÃlio e orientação aos pequenos produtores leiteiros, o programa Balde Cheio também contribui para propagar as novas tecnologias apropriadas para o aumento e a produtividade do leite. O projeto é uma iniciativa do Sebrae no Tocantins em parceria com instituições ligadas à área rural, como Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seagro), Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Tocantins (Faet) e Serviço Nacional da Aprendizagem Rural (Senar).