REIVINDICAÇÕES
O campus da Universidade Federal do Tocantins (UFT) de Tocantinópolis, foi desocupado nesta quarta-feira, 14, após mais de 40 dias. Estudantes estavam no local desde o início de novembro, em protesto ao projeto que limita os gastos públicos e buscando melhorias no campus. Este era o último prédio da UFT ocupado no estado.
A desocupação se deu após a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece um teto para os gastos públicos pelos próximos 20 anos, nesta terça-feira, 13.
Em nota divulgada em uma rede social, o movimento lamentou o resultado da votação. "Infelizmente as pautas nacionais pelas quais lutamos possivelmente não serão atendidas e aqui expressamos a nossa total indignação [...]".
Os estudantes afirmaram ainda que um documento pedindo uma série de melhorias para o campus foi entregue à reitoria.
Entre as reivindicações dos estudantes estão a retomada da construção do Campus Babaçu; a reintegração do prédio onde funciona a Escola Municipal Avó Virgilina, cedido à Prefeitura de Tocantinópolis; além da construção de um restaurante universitário e melhoria da Casa dos Estudantes.
A UFT foi questionada sobre a desocupação, retomada das aulas e melhorias solicitadas, mas ainda não respondeu.
Entenda
Quatro campus da UFT foram ocupados do Tocantins e atrapalharam a realização das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Ao todo, 3.071 candidatos tiveram que fazer as provas nos dias 3 e 4 de dezembro no estado.
As ocupações foram registradas em Araguaína, Miracema do Tocantins, Porto Nacional e Tocantinópolis. O campus de Palmas também foi ocupado, mas os estudantes deixaram o prédio antes do exame.