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09/04/2022 - 20h42m

NA AGROSUDESTE

Tocantins libera R$ 14 milhões em linhas de crédito para produtores da agricultura familiar

Redação

Na Agrosudeste, Governador anuncia recurso de R$ 14 milhões para linhas de crédito do Projeto Supera para produtores da agricultura familiar.

Na Agrosudeste, governador Wanderlei Barbosa anunciou recurso de R$ 14 milhões em linhas de crédito para produtores da agricultura familiar

A visita do governador Wanderlei Barbosa na Feira Agrotecológica da Região Sudeste, a Agrosudeste, realizada no município de Almas (TO), na quinta-feira, 07, foi marcada pelo anúncio de R$ 14 milhões do Fundo de Desenvolvimento Econômico Sustentável do Tocantins (FDES) voltados para projetos de piscicultura e linhas de crédito pelo Projeto Supera para a agricultura familiar; afetados pela pandemia e enchentes e ao jovem empreendedor. O Governador enfatizou a importância da destinação dos recursos.

Os investimentos disponibilizados pelo Projeto Supera vem amparar os agricultores familiares e dar condições de dinamizar a produção no Estado. Prosseguimos com o trabalho de atender as demandas dos tocantinenses e oferecer o suporte necessário para as atividades produtivas”, afirma Wanderlei Barbosa.

Visando a geração de renda e a melhoria na qualidade de vida dos tocantinenses, seja no campo ou na cidade, o recurso será disponibilizado via Agência de Fomento, sendo R$ 10 milhões para a piscicultura; R$ 3,7 milhões em crédito para as famílias afetadas pela enchente e pela pandemia, o trabalhador formal e informal e a agricultura familiar; e R$ 300 mil para o jovem empreendedor.

Segundo a presidente da Agência de Fomento, Denise Domingues, o crédito para o desenvolvimento atividade de piscicultura faz parte de um projeto inovador do Governo do Tocantins, envolvendo pastas específicas, para fortalecer e desenvolver a cadeia da piscicultura no Estado. 

Com apoio do Ruraltins, Naturatins e das Secretarias de Agricultura; Meio Ambiente e da Fazenda, Indústria e Comércio e da Setas, essas linhas crédito foram elaboradas de forma criteriosa e aprovadas pelo governador Wanderlei Barbosa para ajudar o produtor a custear e a investir na aquisição de máquinas e equipamentos para a atividade de piscicultura. O produtor poderá acessar até R$ 300 mil, com carência de 12 meses para começar a pagar com o prazo de sete anos a juros baixos, de 4,5 a 7,5% ao ano, este sem restrição; e a partir de 7,5% ao ano com restrição, sendo de clientes adquiridos na pandemia e submetidos à análise da agência, ou seja, são taxas de juros menores que os bancos comerciais, acompanhadas pelo ano agrícola e sem custo de seguro”, explicou.

Além do recurso disponível, o produtor contará ainda com o apoio e assistência técnica do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins). 

Nosso apoio será para a elaboração do projeto de acesso ao crédito e também no acompanhamento e orientação de execução da atividade. Apresentar esse projeto aqui em Almas, na Agrosudeste, é motivador para nós da extensão rural. Primeiro, porque o município e a região estão entre os principais produtores de pescado do Estado, e segundo, porque somos um dos apoiadores do projeto Barraginha, que incentiva cerca de 100 famílias tradicionais quilombolas da região a produzirem peixes para a sua segurança alimentar e também para geração de renda com a venda do excedente. Com certeza, esse recurso é bem-vindo para a região”, disse o presidente do Ruraltins, Fabiano Miranda.

Segundo o gerente de piscicultura do Ruraltins, Andrey Costa, conforme o levantamento do Censo da Piscicultura, a região Sudeste está entre as principais produtoras de pescado do Estado, respondendo por cerca de 50% do que é produzido. “Quase 50% de todo pescado que é produzido no Estado sai de Almas. Aqui na região tem produtores de pescado e alevinos; e frigoríficos que processam o pescado. Isso faz com que Almas e região sejam uma ATL, um arranjo produtivo local, que oferece todos os insumos que a cadeia precisa para se desenvolver”, explicou.

Com uma barraca de refeição à base de peixe frito na Agrosudeste, a produtora Custódia Alves, da Comunidade Quilombola Poço D’antas, recebeu com entusiasmo a notícia do recurso e disse que vai buscar mais informações para ter a oportunidade de aumentar sua produção de peixe. “Este ano nós colocamos 2 mil alevinos e já estamos tirando os peixes para comer e para vender. O que eu estou vendendo aqui é o peixe de lá. Este ano estamos trabalhando para arrumar a documentação da terra, e vou buscar ajuda do Ruraltins para ver se eu tenho como pegar esse recurso porque a gente vive do que produz na chácara”, disse Custódia Alves.

Projeto Supera

O recurso de R$ 4 milhões faz parte do Projeto Supera, voltado para atender as famílias afetadas pela enchente ocorrida no início do ano; os impactados economicamente pela pandemia da Covid e os jovens empreendedores.

Na linha de crédito popular, esse recurso será voltado para capital de giro e aquisição de máquinas e equipamento. Já a linha de crédito da agricultura familiar servirá para o custeio e investimento na aquisição de máquinas e equipamentos para melhorar e aumentar sua atividade agrícola, a exemplo a aquisição de insumos e maquinários. 

Desse recurso, R$ 300 mil será destinado aos Jovens de 17 a 29 anos que deseja iniciar sua atividade empreendedora, tendo como finalidade o capital de giro e aquisição de máquina e equipamentos.

Com prazo de 36 meses e carência de até 6 meses, o interessado pode acessar de R$ 1.000 a R$ 10 mil. 

Para acessar o crédito do Projeto Supera o interessado pode acessar o site da Fomento: www.fomento.to.gov.br e submeter proposta à análise da Agência de Fomento. 

No caso da agricultura familiar e elaboração de projetos para Piscicultura, o interessado deve procurar o escritório local do Ruraltins mais próximo de sua cidade.

Gestores da Fomento e do Ruraltins assinaram proposta de crédito para a piscicultura e a agricultura familiar (Foto: Delfino Miranda)

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1 Comentário(s)

  • Pereira Lima | 10/04/2022 | 08:08 Tai uma ação extremamente importante para os agricultores familiares.Mas não basta ter o recurso, precisa fazer lo chegar às bases. E a meu ver isso aínda está longe de acontecer. Precisa eliminar a buracracia, DINAMIZAR o processo.
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