Não ter Portal da Transparência ou ter, mas não atualizar as informações, agora pode gerar um prejuÃzo para os municÃpios e multas aos prefeitos. O Tribunal de Contas do Estado (TCE) solicitou ao governo estadual que suspenda as transferências voluntárias (convênios e emendas parlamentares) para três municÃpios do Bico do Papagaio. Outras 02 prefeituras estão com processos em aberto no TCE e podem também perder as transferências.
A diretora geral de Controle Externo, Wellane Monteiro Dourado da Silva, explicou que a meta do TCE é fiscalizar todos os portais de transparência dos 139 municÃpios até o final do ano quanto ao cumprimento da Lei Complementar nº 131/2009. O TCE, além de averiguar se o municÃpio tem o portal, também analisa a atualização e veracidade dos dados e a publicação de todas as informações sobre a arrecadação e recebimento de receitas pelo municÃpio, como também as despesas. As prefeituras precisam publicar os atos licitatórios, contratos, salários dos servidores, diárias, gastos de maneira detalhada e os relatórios fiscais e leis orçamentária.
Em 2015
No ano passado, TCE, Tribunal de Contas da União (TCU), Controladoria Geral da União (CGU), Controladoria Geral do Estado (CGE), Ministério Público Estadual e Associação Tocantinense de MunicÃpios (ATM), reuniram os prefeitos e ofereceram capacitações para a implantação dos portais, estabelecendo o mês de novembro como o prazo final para se adequarem a legislação.
“Naquele primeiro momento tivemos 21 prefeituras que não fizeram seus portais e para cada uma foi aberto um processo. Mas, ao longo desse ano, durante as auditorias, verificamos novas situações irregularesâ€, explicou Wellane. Ela detalhou que o TCE agora avalia muito mais do que se a prefeitura tem ou não portal, mas também se cumpre os critérios de transparência e divulgação de informação. “Com isso o trabalho agora é mais criterioso e todas as prefeituras são ou serão submetidas a um procedimento padrão de averiguaçãoâ€, disse.
Em 2016, o TCE priorizou a fiscalização das prefeituras e o governo do Estado em relação aos portais da transparências. Mas, as Câmaras Municipais também precisam implantar os seus portais.
Penalidades
Dos três processos com decisão, que geraram a suspensão das transferências voluntárias, dois imputaram multa ao prefeito. Os prefeitos de Sampaio, Luiz Anicleto da Silva e de SÃtio Novo do Tocantins, Antônio Jair Abreu Farias, foram multados em R$ 1 mil, cada um.
Os gestores também podem ter problemas com as contas consolidadas e de ordenador de despesa devido ao descumprimento da legislação no TCE. Os prefeitos também podem responder por improbidade administrativa e ficarem inelegÃveis, caso sejam condenados em órgão colegiado.
Na mesma linha do TCE, o MPE tem instaurado inquérito civil para apurar cumprimento da lei e ajuizado ações civis contra o prefeito em caso de irregularidades.
Confira relação abaixo:
TRANSPARÊNCIA NOS MUNICÃPIOS
MUNICÃPIOS COM TRANSFERÊNCIAS BLOQUEADAS
. Riachinho
Prefeito: Fransergio Alves Rocha
Relator do processo: Napoleão de Souza Luz Sobrinho
. Sampaio
Prefeito: Luiz Anacleto da Silva
Relator do processo: Napoleão de Souza Luz Sobrinho
Multa: R$ 1 mil para o prefeito
. SÃtio Novo do Tocantins
Prefeito: Antônio Jair Abreu Farias
Relator do processo: Napoleão de Souza Luz Sobrinho
Multa: R$ 1 mil para o prefeito
PREFEITURAS COM PROCESSOS EM ANDAMENTO
. Axixá do Tocantins (Prefeito não apresentou defesa)
. São Bento do Tocantins